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Cerca de 50 jornais avançaram para ‘layoff’

O presidente da Associação Portuguesa de Imprensa (APImprensa), João Palmeiro, afirmou hoje que cerca de 50 jornais avançaram para ‘layoff’, enquanto a Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC) apontou que cerca de “30 jornais” deixaram de imprimir.

As duas associações estiveram hoje reunidas com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que durante a tarde está a manter reuniões com o sindicato e entidades representativas dos media, no âmbito do impacto da pandemia de covid-19 no setor.

João Palmeiro foi dizer ao Presidente da República o que a associação tenciona fazer “uma vez terminada a compra de publicidade” anunciada há uma semana pelo Governo -- o Estado vai alocar 15 milhões de euros na compra antecipada de publicidade institucional.

“Vamos sentar com o Governo, ver que níveis de apoio é possível tendo no horizonte o Orçamento do Estado retificativo ou o a seguir”, para 2021, afirmou o presidente da APImprensa.

Questionado sobre a imprensa regional, no âmbito da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, Palmeiro apontou que aquela é “constituída por pessoas de grande resiliência”.

No entanto, disse ter tido conhecimento de “que fecharam alguns jornais” porque “não tinham dinheiro”.

Quanto aos jornais que têm pessoas em ‘layoff’ (que prevê redução de horário ou suspensão do contrato), “temos uma amostragem de cerca de 50 jornais” com trabalhadores com diferentes tipos de ‘layoff’, sobretudo no pessoal administrativo e comercial, adiantou.

Entre as empresas de media que estão neste momento em processo de ‘layoff’ conta-se a Global Media (dona do Diário de Notícias, Jornal de Notícias, TSF, entre outros), o Jornal Económico (que tem como acionista o grupo Bel, que fez uma proposta para a compra da dona da TVI), A Bola (medida aplicada na redação do Porto) e o grupo Impala (Nova Gente, TV7 Dias, entre outros).

Por sua vez, o presidente da AIC, Paulo Ribeiro, referiu que muitos “jornais migraram só para o digital”, tendo em conta a drástica queda da publicidade.

Questionado sobre quantos, o responsável disse serem “à volta de 30 jornais que deixaram de imprimir”, deixaram de fazer a edição impressa.

E os títulos que continuam a imprimir, diminuíram a tiragem e o número de páginas, acrescentou, devido à incapacidade de suportar os custos de edição.

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