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Turismo em Espanha deve abrir em coordenação com parceiros da UE

Foto EPA
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A ministra dos Negócios Estrangeiros espanhola, Arancha González Laya, defendeu hoje que a abertura do setor turístico, um dos mais importantes do país, seja feita de forma “gradual” e em coordenação com os parceiros da União Europeia.

“Espanha vai-se abrir gradualmente ao turismo quando estiver em condições de garantir a segurança [sanitária] para esses turistas”, disse Arancha González Laya numa videoconferência de imprensa com um grupo de correspondentes estrangeiros em Espanha, entre eles o da agência Lusa.

A responsável governamental afirmou que já está “a trabalhar” para que o país possa voltar a receber turistas, uma medida que deve ser tomada ao nível das instituições da União Europeia: “Queremos fazê-lo com os nossos parceiros comunitários”, disse.

A pandemia da Covid-19 obrigou ao fecho de todas as fronteiras externas e internas europeias e o setor do turismo é um dos mais castigados.

Assim como acontece com Portugal, a atividade turística tem um peso muito importante na economia de Espanha, sendo os prejuízos no setor muito elevados.

O setor estima que as perdas, ao nível de faturação, para este ramo de atividade podem ser superiores a 50 mil milhões de euros, dependente da duração da crise.

Um alto funcionário do Governo espanhol disse à Lusa que a resolução do problema do turismo “é a parte mais complicada da gestão” do desmantelamento das medidas de confinamento, tendo a maioria dos países evitado, até agora, falar sobre a questão.

Segundo essa fonte “ainda não há datas” sobre o eventual regresso à normalidade possível, tendo a questão de ser decidida com uma “dimensão comunitária”.

A maior parte dos países europeus já está a desenhar planos de transição para desmantelar as medidas de confinamento em vigor e todos gostariam de um fim rápido das barreiras à circulação de pessoas entre os Estados-membros da União Europeia.

O Governo espanhol definiu uma fase de transição até finais de junho próximo com o desmantelamento “gradual, assimétrico, coordenado e adaptável” das medidas de confinamento até que todo o país possa entrar numa “nova normalidade” em que se espera que a pandemia de covid-19 esteja controlada.

Madrid aprovou na terça-feira o “Plano de Transição para uma Nova Normalidade” que começou no último domingo com quatro etapas que vão durar, cada uma delas, cerca de duas semanas, para chegar a um total de oito.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, também revelou que tenciona propor um novo prolongamento de duas semanas do estado de emergência iniciado em 15 de março e que, depois de várias prorrogações, está em vigor até 09 de maio.

A Espanha é dos países mais afetados pela covid-19, que a nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, já provocou mais de 215 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (58.351) e mais casos de infeção confirmados (mais de um milhão).

Seguem-se Itália (27.359 mortos, mais de 201 mil casos), Espanha (24.275 mortos, perto de 213 mil casos), França (23.660 mortos, cerca de 169 mil casos) e Reino Unido (21.678 mortos, mais de 161 mil casos).

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