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Trump afastou supervisor de pacote de ajuda financeira

Foto EPA
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O Presidente dos EUA, Donald Trump, afastou o inspetor-geral escolhido para supervisionar o pacote económico de cerca de dois biliões de euros para ajudar empresas e pessoas na crise provocada pela pandemia covid-19.

Glenn Fine, inspetor-geral interino do Departamento de Defesa, tinha sido escolhido pelo Congresso para supervisionar a operação de resgate económico assinada pelo Presidente, na passada semana.

Contudo, Trump ignorou a escolha e nomeou um seu representante para substituir Fine no lugar de supervisor, de acordo com um documento oficial do Departamento de Defesa.

Fine fica assim afastado do conselho de supervisão, criado pelo Congresso para vigiar a aplicação do pacote financeiro de combate à crise económica de cerca de dois biliões de euros, regressando ao seu lugar de origem no Departamento de Defesa.

Segundo os ‘media’ norte-americanos, Fine será substituído por Sean O’Donnel, atualmente inspetor-geral da Agência de Proteção Ambiental, cargo para que foi nomeado pelo Governo de Trump.

Dirigentes do Partido Democrata, opositores de Trump, já criticaram esta substituição, acusando o Presidente de procurar ter pessoas da sua confiança a verificar a transparência da aplicação do pacote financeiro para ajudar a economia norte-americana a recuperar da crise económica provocada pela pandemia de covid-19.

“O Presidente Trump quer atacar os inspetores gerais independentes, para conseguir esconder a sua resposta deficiente e caótica à crise do novo coronavírus”, denunciou hoje Carolyn Maloney, representante Democrata por Nova Iorque.

O conselho de supervisão está encarregado de coordenar investigações para analisar eventuais abusos e fraudes na utilização do dinheiro dos contribuintes, que servirá para reforçar o serviço de saúde e para financiar empresas e pessoas que estão a ser afetadas pela crise económica.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 290 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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