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Supermercados britânicos começam a racionar produtos

Duas das principais redes de supermercados britânicas começaram hoje a racionar a compra de certos produtos devido ao pânico dos clientes criado pela pandemia de Covid-19.

EPA/JAMES ROSS
EPA/JAMES ROSS

Duas das principais redes de supermercados britânicas começaram hoje a racionar a compra de certos produtos devido ao pânico dos clientes criado pela pandemia de Covid-19.

As lojas Waitrose e Tesco determinaram um limite de até três produtos da mesma categoria, enquanto nos supermercados Sainsbury’s foram impostos limites de duas unidades de bens essenciais, como papel higiénico, sabão e leite.

“Se nos conseguirem ajudar limitando a procura de bens essenciais e nos deixarem concentrar nas necessidades principais dos nossos clientes, estamos confiantes de que vamos conseguir continuar a alimentar o país”, apelou o presidente executivo da Tesco, Dave Lewis.

Outras redes, como a Asda, a Aldi e a Morrisons, também introduziram limites e medidas para responder o aumento de procura em “pânico” dos clientes, que deixaram as prateleiras vazias em muitas lojas de produtos como massas, arroz, papel higiénico e ovos.

Alguns supermercados estão ainda a fechar balcões de café e de comida e a mobilizar os respetivos empregados para conseguir repor os produtos e reagir ao elevado número de encomendas pela Internet.

Na quarta-feira, o site Ocado, que só opera através da Internet, suspendeu o funcionamento temporariamente “por alguns dias” por ter chegado ao limite da capacidade, com 170 mil entregas ao domicílio marcadas para os próximos quatro dias.

“Estamos a ter uma quantidade impressionante de tráfego no nosso site e mais procura por produtos e entregas do que podemos oferecer. A nossa prioridade principal deve ser manter o nosso serviço em funcionamento e desempenhar o nosso papel a alimentar o país”, afirmou a presidente, Melanie Smith.

Num gesto de preocupação pelas pessoas mais idosas com problemas de saúde, que são mais vulneráveis ao vírus e que foram aconselhadas a evitar contactos sociais, os supermercados Waitrose, Tesco e Sainsbury reservam certas horas para fazerem compras.

Aproveitando a oportunidade, Jim Gibson, de 72 anos, visitou um supermercado Sainsbury’s no sudoeste de Londres e qualificou a experiência “relativamente livre de traumas”, tendo encontrado a maioria dos produtos que pretendia, embora tenha dito que muitos dos enlatados “parece que saltaram das prateleiras” e que também não encontrou medicamentos que ele e a mulher de 73 anos queriam.

Entretanto, o Governo levantou restrições aos horários em que os camiões podem fazer entregas às lojas e ao limite de horas que os motoristas podem trabalhar e o ministro do Ambiente, George Eustice, disse estarem em análise mecanismos para fazer chegar comida às pessoas que estejam em isolamento.

De acordo com os dados públicos disponíveis, o Reino Unido registou até agora 108 mortes entre 2.689 casos.

O governo britânico decretou o encerramento das escolas públicas em todo o país a partir de sexta-feira e aconselhou as pessoas a não frequentarem bares ou restaurantes para evitar contactos sociais desnecessários.

Determinou ainda um maior tempo de isolamento para agregados familiares com membros que tenham sintomas, de sete para 14 dias.

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