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Rússia nega acusações de ataque informático ao parlamento da Alemanha

A Rússia negou hoje e considerou “infundadas” as acusações de um ataque informático à câmara baixa do parlamento da Alemanha (Bundestag) em 2015, que Berlim atribui aos serviços secretos russos.

“Rejeitamos energicamente as acusações infundadas da Alemanha sobre a implicação de instituições oficiais da Rússia num ciberataque ao Bundestag alemão em 2015”, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova.

“Não há nada que confirme as especulações sobre uma certa pista russa” do ataque, disse, assegurando que a Alemanha não forneceu nenhuma prova do suposto envolvimento da Rússia no ataque e não explicou em que se baseiam as acusações “absurdas e sem sentido”.

Pelo contrário, assegurou a porta-voz, a maioria dos ataques cibernéticos a partir do estrangeiro de que a Rússia foi alvo em 2019 e 2020 provinham do “território alemão”, tendo o centro nacional russo para coordenação de incidentes informáticos enviado 75 queixas às autoridades alemãs, que apenas responderam a sete.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão apresentou a 28 de maio uma queixa formal ao embaixador da Rússia em Berlim, Serguei Nechaev, sobre um ataque informático ao Bundestag em 2015.

Segundo um comunicado então divulgado, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros alemão, Miguel Berger, comunicou ao embaixador russo que a Alemanha ia pedir a Bruxelas a ativação do sistema de sanções previsto pela União Europeia (UE) para os casos de ciberataques.

Já antes, no início de maio, a Procuradoria-Geral alemã emitiu um mandado de detenção contra um cidadão russo, Dmitri Badin, acusado de atividades de espionagem contra a Alemanha por ordem de uma potência estrangeira.

Segundo a Procuradoria, o suspeito integra um grupo de ‘hackers’ (piratas informáticos) conhecido como APT28, responsável pelos ataques ao sistema informático do Bundestag em abril e maio de 2015, e pertencia, na altura dos factos, aos serviços de informações militares da Rússia (GRU).

Segundo a revista alemã Der Spiegel, Dmitri Badin também é procurado pelo FBI, a polícia federal norte-americana, por suspeita de ter participado em atos de pirataria da campanha democrata durante as presidenciais de 2016 nos Estados Unidos.

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