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Reunião da OPEP e aliados liderados pela Rússia deve “provavelmente” ser adiada

Foto AFP
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A reunião de segunda-feira entre a OPEP e os aliados liderados pela Rússia para debater um corte significativo da produção de petróleo vai “provavelmente” ser adiada por alguns dias, indicou hoje fonte próxima da organização à AFP.

“Agora parece provável que a reunião (por vídeoconferência) seja realizada mais tarde durante a semana”, indicou à AFP esta fonte que pediu para não ser identificada.

Os principais produtores de petróleo querem retomar as negociações para enfrentar o marasmo do seu mercado.

O corte da produção deverá ser de 10 milhões de barris por dia, um volume apontado pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin, na sexta-feira, que afirmou que era “necessário unir esforços para equilibrar o mercado e reduzir a produção”.

Um acordo “permitiria reequilibrar a contracção da procura, subir os preços para níveis mais rentáveis e evitar as paragens na produção”, sublinhou um analista citado pela AFP.

A Arábia Saudita, principal produtor do cartel, apelou na quinta-feira “a pedido dos Estados Unidos” para a realização de uma reunião urgente da OPEP e de outros produtores de petróleo, incluindo a Rússia, para alcançar um “acordo equitativo para restabelecer o equilíbrio dos mercados petrolíferos”, segundo a agência oficial saudita APA.

“O Azerbaijão foi convidado para uma reunião dos ministros da OPEP e de países não membros por vídeoconferência em 6 de Abril para estabilizar o mercado petrolífero”, indicou num comunicado o ministério da Energia daquele país do Cáucaso.

Segundo Baku, esta reunião vai realizar-se “a convite da Arábia Saudita depois de negociações com o Presidente norte-americano, Donald Trump” e a reunião destina-se a debater a adopção de uma “nova declaração de cooperação”.

Uma fonte russa citada pela agência pública Ria Novosti também evocou 6 de Abril como data da reunião, referindo que esta visa debater uma redução da produção de 10 milhões de barris por dia.

Segundo uma outra fonte russa citada pela agência TASS, o regulador norte-americano foi convidado a participar na reunião.

Na quinta-feira, o Presidente norte-americano evocou um possível acordo entre a Arábia Saudita e a Rússia, envolvidas numa guerra de preços do petróleo para compensar a contracção da procura provocada pela pandemia da Covid-19.

A Rússia - segundo maior produtor do mundo, mas que não é membro da OPEP - recusou no mês passado uma redução da produção mundial de petróleo para compensar a contracção da procura provocada pela pandemia.

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