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Pelo menos 11 mortos no Afeganistão em dois ataques armados

Foto EPA
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Pelo menos 11 pessoas morreram no Afeganistão na sequência de dois ataques feitos por homens armados, indicaram hoje as autoridades afegãs.

Segundo o porta-voz do Ministério do Interior, Tariq Arian, no primeiro ataque, um número desconhecido de homens armados invadiu uma mesquita na província de Parwan, norte de Cabul, na noite de terça-feira, matando oito fiéis e ferindo vários outros.

No segundo ataque, também na noite de terça-feira, homens armados na província de Khost atacaram uma família que voltava para casa de uma mesquita próxima, matando três irmãos, acrescentou.

Em ambos os ataques, os suspeitos conseguiram fugir do local.

Na segunda-feira, pelo menos cinco pessoas morreram e dezenas ficaram feridas num atentado com um carro armadilhado na localidade de Ghazni, no leste do Afeganistão.

O atentado, perpetrado com um engenho explosivo num veículo militar, que tinha como alvo um edifício dos serviços secretos afegãos, fez cinco mortos e feriu 32 pessoas, de acordo com fontes oficiais, citadas pela agência de notícias France-Presse (AFP).

O incidente ocorre numa altura em que está a aumentar a violência no Afeganistão, apesar de um acordo entre os talibãs e os Estados Unidos, de final de Fevereiro, prever a saída de todas as forças militares estrangeiras do país até meados de 2021.

No dia 12 de Maio, um ataque a uma maternidade em Cabul fez 24 mortos, incluindo recém-nascidos, num atentado não reivindicado que os Estados Unidos atribuem ao grupo fundamentalista Estado Islâmico.

Na terça-feira, As Nações Unidas pediram uma redução imediata da violência no Afeganistão, avisando que as mortes de civis por parte dos extremistas Talibã e das forças afegãs estão a aumentar.

Em comunicado, a Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão, (UNAMA), expressou preocupação com a intensificação dos ataques e a brutalidade de agressões reivindicadas pelo grupo do Estado Islâmico (EI).

O governo e os talibãs prosseguem um complicado processo de troca de prisioneiros, o que é encarado como um passo decisivo para as eventuais negociações directas.

O país enfrenta uma profunda crise política que se prolonga desde as últimas eleições presidenciais porque o candidato Abdullah Abdullah não reconheceu os resultados e anunciou a formação de um governo próprio.

Mesmo assim, os dois opositores assinaram no domingo um pacto que pode ter encerrado a tensão política conferindo a Abdullah a liderança do processo de paz com os talibãs.

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