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Boris Johnson alerta que propagação do vírus está “a acelerar” no Reino Unido

Foto EPA/JULIAN SIMMONDS
Foto EPA/JULIAN SIMMONDS

A propagação da covid-19 está “a acelerar” no Reino Unido, país ameaçado pela mesma crise que a Itália, caso as regras de distanciamento social não sejam respeitadas, alertou o primeiro-ministro, Boris Johnson, citado hoje pela imprensa.

“Os números são impressionantes e estão a acelerar. Estamos a apenas algumas semanas - duas ou três - da Itália. Os italianos têm um excelente sistema de saúde. E, no entanto, os seus médicos e enfermeiros estão completamente ultrapassados pela procura”, alertou o primeiro-ministro, Boris Johnson, numa mensagem divulgada hoje por vários jornais.

“As pessoas podem não estar cientes disso, mas a situação já está ruim em Londres”, disse Andrea Collins, professora clínica de medicina respiratória da Liverpool School of Tropical Medicine, num comunicado.

“As unidades de terapia intensiva da capital estão cheias de casos suspeitos ou confirmados de covid-19 e muitos dos que estão a ser tratados têm menos de 50 anos”, acrescentou.

Um grande hospital de Londres, o Northwick Park Hospital, declarou esta semana um “incidente crítico” devido ao afluxo de pacientes com o novo coronavírus.

Enquanto muitos britânicos continuam a sair de suas casas, Boris Johnson pediu aos compatriotas um “esforço coletivo nacional” para atrasar a propagação do vírus, que já matou 233 pessoas no Reino Unido, sem o qual o serviço público de saúde “ficará submerso da mesma maneira” que na Itália, observou.

De acordo fontes citadas no sábado pelo diário Francês Libération, na sexta-feira o presidente francês, Emmanuel Macron, tinha ameaçado Johnson de fechar a fronteira entre os dois países, caso ele não tomasse medidas firmes contra o coronavírus, uma informação que a presidência francesa não confirmou.

As fontes citadas pelo diário francês indicaram que a França tinha tudo pronto na noite de sexta-feira para cumprir a ameaça.

No mesmo dia, no entanto, Johnson pediu que todos os bares, restaurantes, cinemas, teatros e academias fossem fechados para combater o vírus.

Anteriormente, na quarta-feira, dia em que em França entraram em vigor medidas de confinamento, já o primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, tinha admitido a possibilidade de encerramento das fronteiras, para proteger os franceses, caso Estados como o Reino Unido não adotassem medidas.

Os últimos números oficiais no Reino Unido indicam que existem 5.018 casos confirmados de pessoas com covid-19 e 233 mortes.

Em França, o número de mortos registados chega aos 562 e o número de doentes confirmados para 14.459, dos quais 1.525 são considerados graves.

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