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Arménia admite colapso dos seus hospitais devido à pandemia

Foto KAREN MINASYAN / AFP
Foto KAREN MINASYAN / AFP

A Arménia admitiu hoje que os seus hospitais não conseguem atender todos os doentes que necessitam de tratamento urgente devido à covid-19, tendo o primeiro-ministro anunciado um número recorde de 697 novos casos em 24 horas.

“Tenho más notícias. Tivemos 697 novos casos [de infeções pelo novo coronavírus] num dia”, disse o primeiro-ministro, Nikol Pashinian, numa declaração feita através de sua página no Facebook.

Pashinian, que informou esta semana ter, ele próprio, contraído o coronavírus, embora não tenha sintomas da infeção, disse que a covid-19 matou 15 pessoas num dia na Arménia, país que tem cerca de três milhões de habitantes.

O primeiro-ministro garantiu que, em 75% dos casos, os doentes com o novo coronavírus na Arménia não apresentam sintomas, mas os restantes requerem tratamento intensivo, o que causou o colapso do sistema de saúde no pequeno país do Cáucaso.

“Os 25% restantes requerem terapia intensiva e enfrentamos uma situação grave quando os serviços médicos não têm capacidade para hospitalizar todo”, afirmou.

Pashinian, que começou a divulgar vídeos de violações sanitárias no seu Facebook, pediu a todos os cidadãos que cumpram as regras estabelecidas e, acima de tudo, mantenham distância física e usem máscara de proteção.

De acordo com o último balanço oficial, a Arménia diagnosticou 11.221 pessoas com covid-19, tendo morrido 244.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 382 mil mortos e infetou mais de 6,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,7 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados (mais de três milhões, contra mais de 2,2 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 169.700, contra mais de 180 mil).

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (107.099) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,8 milhões).

Seguem-se o Reino Unido (39.728 mortos, quase 280 mil casos), Itália (33.601 mortos, quase 234 mil casos), o Brasil (32.548 mortes e mais 584 mil casos), França (29.021 mortos, mais de 188 mil casos) e Espanha (27.128 mortos, mais de 240 mil casos).

A Rússia, que contabiliza 5.208 mortos, é o terceiro país do mundo em número de infetados, depois dos EUA e Brasil, com mais de 432 mil.

Por regiões, a Europa soma mais de 180 mil mortos (mais de 2,2 milhões de casos), Estados Unidos e Canadá mais de 114 mil mortos (mais de 1,9 milhões de casos), América Latina e Caribe mais de 55.510 mortos (mais de 1,1 milhões de casos), Ásia mais de 17.391 mortos (cerca de 560 mil casos), Médio Oriente mais de 9.900 mortos (mais de 434 mil casos), África com 4.601 mortos (mais de 162 mil casos) e Oceânia com 131 mortos (quase 8.600 casos).

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