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Por Deus, alguém controle as crianças com mais de 70

Muito obrigado à esmagadora maioria dos Madeirenses pelo elevado comportamento face ao incrível desafio que a vida nos ofereceu. Muito obrigado ao nosso governo pelas decisões corajosas que tem abraçado, com a intensidade extrema que o extremo fenómeno merece.

Muito obrigado a todos quantos, na linha da frente, oferecem o corpo e a alma ao trabalho necessário para que a esperança continue a viver de olhos postos na vitória.

Mas nem tudo vai bem no esforço pelo bem comum.

A geração que mais tentamos proteger embruteceu!

Como num antiquário, nada de novo pelas ruas, apenas as velharias do costume! Não se escandalizem os nossos nobres idosos, esses responsáveis que se mantêm, com dor, refugiados no recato!

Falo do bando de velhos loucos, que na ausência de um cachorro para passear, descem de monte nas poucas cadeiras preenchidas dos autocarros a pretexto de comprar o diário ou de ir dar conversa ao balcão das farmácias até que venha à memória que já têm laxantes de sobra em casa.

Ora deambulam pelas ruas, ora lesmam as paredes junto dos quiosques, ora entopem a entrada dos supermercados para ir buscar, todos os dias, o mesmo que não querem levar suficiente para poderem voltar amanhã.

Tenho ouvido por sistema: “com esta idade já vivi de tudo, não é isto que me vai arrumar”;

“ já vivi o 25 de Abril e cá estou eu”...

Pois bem, este desafio pode mesmo arrumá-los mas, bem pior, pode levar convosco todos quantos se estão a esforçar pelo bem comum.

E o 25 de Abril não vos entrou pelo nariz, nem o levaram para casa para matar alguém!

Não vejo a hora para que comecem as limpezas com lixívia pelas ruas. Pelo menos vai ser mais fácil identificar estes velhos loucos pelo rabo branco de se esfregarem nas paredes e nos bancos de jardim.

Por Deus, alguém atue e retorne a casa estas crianças sobre as quais não parece haver mão!

São teimosas, irreverentes, inconsequentes e perigosas para a saúde publica.

Nestas crianças, nestes velhos loucos, como para muitas outras crianças, o remédio não está em medicar para distúrbios da atenção e da memória...

O remédio é tratá-los como têm saudades no discurso repetitivo de todos os dias, à moda antiga, porque o problema destes velhos loucos é mesmo falta de educação!

Duarte Franco

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