Turismo

Portugal tem de vender melhor a história e cultura para atrair mais norte-americanos

Depois de vender as praias e o sol, Portugal tem que trabalhar melhor a imagem de um país com cultura, história e paisagens e assim atrair, cada vez mais, os norte-americanos, defendeu uma operadora turística dos Estados Unidos.

Pallavi Shah, da agência de viagens americana "Our Personal Guest", foi uma das operadoras que marcou presença numa ação de promoção dos territórios do Douro e da Estrela que decorreu em Nova Iorque, Estados Unidos da América (EUA), inserida no projeto "O Douro no mundo".

Pallavi Shah já esteve no Douro e diz que ficou encantada com a "paisagem mágica". É por isso que defende que Portugal tem que conseguir mudar a "imagem de um país de praias baratas", que perdurou durante muito tempo, para um local com "história, paisagem e cultura".

"Por que é que alguém da América iria atravessar o atlântico para se sentar numa praia? Temos aqui praias muito bonitas, temos as Caraíbas ou o México mesmo ao lado", salientou.

Encantada e surpreendida com o Douro, a operadora turística diz que este território é precisamente aquilo que os norte-americanos procuram.

"Os americanos gostam de vinho, de turismo de vinho, de cidades bonitas e vocês [portugueses] têm tudo", salientou.

É disso mesmo que cerca de 100 americanos vão ao encontro em Maio, em Portugal.

James Friedlander, presidente da Academic Arrangements Abroad, está a organizar a viagem de um grupo constituído por pessoas da Universidade de Harvard, patronos e doadores do Museu Metropolitan e ainda membros do National Trust for Historic Preservation.

O responsável afirmou à agência Lusa que a sua companhia oferece cerca de 100 destinos, em todo o mundo, e que o escolhido foi Portugal.

"Porque é relativamente perto dos EUA, é seguro, é menos caro que outras capitais europeias e é surpreendentemente rico em termos culturais", salientou.

Para o norte-americano, este será um regresso ao país que conheceu em 2001 e onde provou, pela primeira vez, o vinho do Porto.

Desde aí tornou-se num colecionador deste néctar, produzido na mais antiga região demarcada do mundo.

"Muitos americanos nunca provaram. Mas se eles provarem em Portugal e no Douro e se tiverem a experiência de beber um determinado vinho, num determinado sítio e contexto, essa combinação de experiências será tão rica que eles beberão vinho do Porto para o resto das suas vidas", salientou.

A iniciativa "Douro no mundo" prolonga-se até 10 de setembro, com passagem ainda por Newark e Washington. Trata-se de uma missão que junta o projeto "Douro e Estrela -- In Tourism", a Estrutura de Missão do Douro (EMD) e o Museu do Douro (MD).