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Artista pioneiro da arte cinética Abraham Palatnik morre aos 92 anos

Foto EPA/Antonio Lacerda
Foto EPA/Antonio Lacerda

O artista plástico brasileiro Abraham Palatnik, de 92 anos, pioneiro na arte cinética, morreu no sábado, vítima de covid-19, no Rio de Janeiro, noticiaram vários media brasileiros.

De acordo com a edição ´online ´do jornal O Globo, Palatnik estava internado desde o dia 29 de abril no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, e sofria de problemas respiratórios, agravados depois de contrair o novo coronavírus.

O artista é considerado a nível mundial um dos pioneiros a trabalhar com a arte cinética, uma vertente das artes plásticas que explora efeitos visuais por meio de movimentos físicos, ilusão de ótica e posicionamento original de peças em mecanismos.

As suas obras estão expostas em museus internacionais como o Museu de Belas Artes de Houston e o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, ambos nos Estados Unidos.

Nascido em Natal, na região nordeste do Brasil, em 1932, Abraham Palatnik mudou-se ainda jovem para a região onde se encontra atualmente o Estado de Israel.

Depois de completar a primeira parte dos estudos no estrangeiro, o artista regressou ao Brasil em 1948, e fixou-se no Rio de Janeiro.

Em 1949, Palatnik centrou-se no estudo da luz e do movimento, que resultaram na criação do conceito de ´aparelho cinecromático´, engenho com vários mecanismos acionados por motores que também recorrem à luz e cor.

Estas criações do artista foram expostas em 1951 na 1.ª Bienal Internacional de São Paulo, onde recebeu uma menção honrosa do júri internacional.

Alguns anos depois, o artista passou a integrar o Grupo Frente, ao lado de Ivan Serpa, Ferreira Gullar, Mário Pedrosa, Franz Weissmann, Lygia Clark e outros nomes destacados dessa geração de artistas e escritores brasileiros.

Foi a partir de 1964 que começou a criar os objetos cinéticos, um desdobramento dos cinecromáticos, mostrando o mecanismo interno de funcionamento, e suprimindo a projeção de luz.

A busca pelo equilíbrio entre cores, formas e dinamismo, e a aplicação da matemática foram uma marca constante na sua obra ao longo de mais de 70 anos de produção.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 283mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Quase 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.144 pessoas das 27.679 confirmadas como infetadas, e há 2.549 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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