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Explicador Madeira

Ingresso no Ensino Superior. E agora?

Para muitos jovens, o ingresso no Ensino Superior representa uma mudança significativa – sobretudo quando implica estudar longe do ambiente familiar. Mais do que um desafio académico, esta transição exige preparação logística, financeira e emocional, com impacto directo na autonomia e na adaptação à nova realidade.

Estudar fora é um cenário que acaba por levantar várias questões práticas: onde residir, como gerir o orçamento e que competências são essenciais para viver de forma independente? Veja algumas dicas para melhor preparar esta nova fase.

Planeamento Antecipado

O processo de adaptação deve começar logo após a candidatura, idealmente com a análise de diferentes cenários. Escolher uma universidade distante obriga a considerar, desde logo, o tipo de alojamento mais adequado: residência universitária, quarto arrendado, casa partilhada ou, eventualmente, estadia com familiares.

As grandes cidades, como Lisboa, Porto ou Coimbra, apresentam uma elevada procura e custos acrescidos de arrendamento. Assim, é recomendável iniciar a pesquisa com antecedência, comparando preços, regras e disponibilidade.

Conhecer os ‘cantos à casa’

Antes da mudança definitiva, recomenda-se uma ou mais visitas à cidade de destino. Explorar os bairros próximos da universidade, testar os transportes públicos, identificar supermercados e centros de saúde são medidas práticas que contribuem para uma adaptação mais eficaz.

Muitas instituições promovem dias abertos e semanas de acolhimento com visitas ao campus, sessões informativas e atividades de integração.

Autonomia que faz a diferença

Viver fora de casa implica dominar tarefas básicas do quotidiano. Cozinhar, limpar, lavar roupa ou gerir horários são competências fundamentais para uma vida universitária equilibrada.

Investir tempo antes da mudança para desenvolver estas capacidades pode facilitar significativamente a adaptação, reduzir custos e promover a autoestima. Também a gestão do orçamento deve ser praticada, utilizando ferramentas ou aplicações que permitam controlar as despesas e evitar desequilíbrios financeiros.

Gerir as visitas a casa

Embora a distância não implique cortar laços familiares, as deslocações regulares têm custos consideráveis. Para um residente na Região Autónoma da Madeira mais ainda, a que se junta outras condicionantes… Definir previamente a frequência das visitas a casa – mensal, trimestral ou apenas em períodos lectivos – permite ajustar o orçamento e evitar surpresas. Ao mesmo tempo, é importante investir na construção de uma nova rotina no local de estudo, essencial para a integração académica e social.

Orçamento mensal carece de rigor

As despesas mensais de um estudante deslocado são significativas. De acordo com o Doutor Finanças, que cita o Observatório do Alojamento Estudantil da plataforma Alfredo, o arrendamento de um quarto pode atingir os 485 euros mensais em Lisboa, 390 euros no Porto e 270 euros em Coimbra.

Um estudo do ISCTE (2024) aponta para um custo médio mensal de 900 euros, incluindo alojamento, alimentação, transportes e materiais escolares. Neste contexto, é fundamental elaborar um orçamento detalhado e identificar eventuais apoios disponíveis.

Bolsas e subsídios podem fazer a diferença

No ano lectivo 2024/2025, os estudantes deslocados puderam beneficiar de vários apoios públicos. Por cá, o Gabinete de Apoio ao Ensino Superior está disponível para prestar todos os esclarecimentos, nomeadamente através do seguinte email: [email protected] .

Gabinete do Ensino Superior

Gabinete do Ensino Superior. 7.166 vind-ik-leuks · 3 personen praten hierover. Serviço público que se enquadra na orgânica da Secretaria Regional de Educação do Governo Regional da Região Autónoma da...

Existem ainda programas de arrendamento acessível, residências universitárias e incentivos municipais ao arrendamento jovem. Consultar estas medidas pode ser determinante para equilibrar as finanças mensais.

Rede de apoio

A mudança para uma cidade desconhecida pode gerar sentimentos de solidão e ansiedade. Participar em actividades extracurriculares, integrar associações académicas e manter contacto com colegas em situação semelhante são formas eficazes de criar uma rede de apoio. As universidades disponibilizam ainda serviços de apoio psicológico, programas de tutoria e acompanhamento pedagógico. Recorrer a estes serviços sempre que necessário é um sinal de maturidade e autocuidado.

Experiência Transformadora

Estudar longe de casa é mais do que uma etapa académica – é uma vivência marcante, com impacto profundo no desenvolvimento pessoal e na construção da autonomia. Apesar dos desafios, a preparação adequada pode transformar esta experiência numa fase inesquecível e enriquecedora.

A entrada na universidade é uma etapa importante na vida de um jovem. Na preparação do seu futuro e entrada no mundo do trabalho, existem vários aspectos a ter em consideração, particularmente no que diz respeito à universidade.

E mais: ainda antes da entrada na universidade, há um passo fulcral de qualquer preparação de futuro que passa pela escolha do curso. Idealmente, esta escolha deve basear-se no que mais gosta de fazer. Assim, deve fazer um levantamento dos cursos que mais lhe interessam e, depois, analise como está o mercado de trabalho em cada um. Ou seja, deve procurar algo de que goste e que esteja com bons níveis de empregabilidade.