O Partido Livre tem manifestado a sua posição sobre diversos assuntos actuais da Região Autónoma da Madeira, através de comunicados de imprensa, e, embora alguns documentos sejam frequentemente assinados pela militante Marta Sofia, que se tem destacado nas últimas eleições como cabeça-de-lista, - posição que repete agora nas eleições autárquicas ao município do Funchal -, recentemente surgiram questões sobre a existência ou não de um núcleo formal do partido na Região.

Um dos leitores do DIÁRIO, em comentário na plataforma digital dnoticias.pt, levantou a dúvida, afirmando: “Esta senhora continua a falar sem legitimidade para o fazer, e ainda fala como se a sua palavra conseguisse mudar ou fazer alguma coisa!” A afirmação suscitou uma dúvida: será que o Partido Livre já tem um núcleo formalizado na Madeira?

O Livre tem remetido à comunicação social, através de Marta Sofia, o seu posicionamento sobre várias temáticas, nomeadamente sobre as declarações proferidas pelo secretário regional do Turismo, Ambiente e Cultura, Eduardo Jesus, na Assembleia Legislativa da Madeira aquando do debate do Orçamento Regional, sobre o facto de a emissão da RTP/Madeira passar a estar ‘centralizada’ em Lisboa e sobre a intenção do Governo Regional de concessionar os percursos pedestres, entre outros como, ainda hoje, sobre a atribuição de habitações pela CMF. Mas, neste caso, enquanto candidata às eleições de Outubro próximo.

Para esclarecer a dúvida suscitada pelo nosso leitor, o DIÁRIO contactou o Partido Livre, via direcção nacional, que confirmou que, apesar de sua presença crescente em várias regiões de Portugal, ainda não há uma estrutura formal na Região Autónoma da Madeira. “O Livre ainda não tem Núcleo formalizado na Região da Madeira, e, portanto, não tem porta-voz local. Os posicionamentos oficiais do partido são enviados através das vias do mesmo”, apontou.

O partido lembrou que, apesar de vários pedidos em curso para a criação de núcleos regionais em várias partes do país, na Região da Madeira a formalização deste núcleo ainda não aconteceu. Mas, conforme esclareceu, “no caso particular da Região da Madeira qualquer membro do Livre poderá integrar o processo de criação do Núcleo e o futuro Grupo de Coordenação Local (direcção regional).

E é isso mesmo que está a ser preparado, conforme garantiu, ao DIÁRIO, Marta Sofia, que sobre a afirmação do nosso leitor sublinhou que, em momento algum, se apresentou como porta-voz local do Livre. E mais, acrescenta que os comunicados foram todos eles enviados com o conhecimento da Direcção nacional.

O Livre, fundado em 2014, é um partido que se posiciona como uma alternativa política com foco na sustentabilidade ambiental, na defesa dos direitos humanos e na justiça social. Tem actualmente núcleos formalizados em várias regiões, como Lisboa, Porto, Coimbra e Faro, e está em processo de expansão para outras áreas do país.

Assim, embora a Madeira não tenha ainda uma estrutura oficial, o partido está a trabalhar para garantir que, quando o núcleo for formalizado, ele esteja alinhado com os objectivos e valores do Livre, proporcionando uma representação mais próxima das necessidades e questões locais. Até lá, o partido tem sido informalmente representado por Marta Sofia, na Madeira, o que torna falsa a afirmação do leitor.