Já foram inúmeras as vezes que afirmei, e continuo a afirmar, que na política não vale tudo! Seja em órgãos deliberativos ou executivos, a atividade política não pode extravasar os limites da boa educação, da tolerância, do respeito e da honestidade, pautada pelos valores da Responsabilidade e Verdade.

Nota 1 - Vem esta nota preambular a propósito do “palavreado destravado” de um Secretário Regional do Turismo, que, no exercício das suas funções políticas, proferiu vocábulos impróprios para serem utilizados na festa do PSD no Chão da Lagoa e após a ingestão de meia dúzia de ponchas, quanto mais na “casa da democracia”! Teve azar o Sr. Secretário que os microfones estavam – e bem! – ligados! Todos ficaram a saber que “palavras bonitas” foram proferidas pelo Sr. Secretário e que, segundo o próprio, pasme-se, “estão no dicionário de língua portuguesa”! Pior foi a emenda: o governante insultou e atacou duas deputadas do PS e um deputado do JPP, mas… pediu desculpas à Presidente da Assembleia! Acredito que a Senhora Presidente tenha ficado escandalizada com tais ofensas, mas será que o Sr. Secretário não teve (nem tem?) a hombridade de admitir o erro e pedir desculpas às deputadas e ao deputado, visados? Pois é…Há que saber que humildade não é fraqueza!

Lição n.º1. Em algumas situações há que aprender a fazer como diz o ditado, “boca fechada não entra moscas nem sei asneira”.

Nota 2 – Governo Regional quer gestão privada dos percursos e levadas da Madeira. Ou seja, o Governo Regional, PSD/CDS, não consegue (?) criar mecanismos de fiscalização e regulação dos utilizadores dos percursos e levadas da Região. Então, a solução é entregar aos privados (amigos ou conhecidos com cartão laranja?!) porque eles são mais competentes que os governantes?! Será isto, o reconhecimento da incompetência governativa ou favorecimento a amigos?! Vamos aguardar! “Pouco irá viver, quem não irá ver”.

Lição n.º2. Cito o ex-governante (ex-presidente do Governo Regional da Madeira), Dr. Alberto João Jardim: “é mais uma idiotice, gerada por um turismo de massas que está a degradar a qualidade de vida dos madeirenses”. Apenas acrescentaria, turismo de massas desregrado e em algumas situações, com ações de libertinagem!

Nota 3 – Segundo PSD e o CDS, não é possível baixar os impostos na Região, nomeadamente em todos os escalões do IRS, para o diferencial fiscal de 30%, nem a redução do IVA! O argumento é porque isso seria uma grande perda de receita e não teria impacto significativo na vida das pessoas e na sua qualidade de vida! Pois é… O Governo dos Açores pode fazê-lo, mas a Madeira não! Realmente, o que estes governantes do PSD e CDS têm medo de assumir, é que não se quer voltar a dar ao Povo aquilo que é do Povo e que lhes foi tirado em 2012, com a assinatura do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro da Região Autónoma da Madeira, para pagar uma dívida oculta de muitos milhões e milhões de euros, em resultado da ostentosa governação PSD, esbanjadora de dinheiros públicos! Não quer o PSD e CDS, perder receita que possa colocar em causa o pagamento dos nomeados, os amigos e conhecidos! Eis um dos motivos!

Lição n.º3. Contas de mercearia: a descida de impostos, leva à existência de mais dinheiro nas mãos do Povo, logo, mais dinheiro disponível para compras e consequentemente mais consumo. Por via do aumento do consumo, mais receita para o Governo, obtida pela cobrança de impostos sobre os produtos consumidos.