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Madeira

O fim das linhas eróticas há 32 anos

‘Canal Memória’ recua a 1993

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O fim das linhas eróticas foi decretado em 1993 pelo ministro Ferreira do Amaral. Na Madeira, este tipo de serviços tinha muitos clientes, mas a facilidade de acesso aos mesmos deixava algumas dúvidas ao executivo da República, uma vez que não havia controlo da faixa etária.

A alternativa era agora a de ligar para linhas estrangeiras, o que representava custos ainda mais avultados do que aqueles para contactar linhas nacionais. Aliás, o DIÁRIO abordava o facto de existirem muitas reclamações junto da Telecom devido aos valores das facturas das telecomunicações que, muitas vezes, se vinham a revelar como o resultado destas chamadas de custo acrescido.

Estas linhas assentavam no serviço Auditex, lançado no início do ano de 1992. A base de dados consistia em linhas para horóscopo, números do Totoloto e… erotismo. Por norma, tratavam-se de conversas gravadas, por vozes femininas, que alimentavam as fantasias dos portugueses. A legalização não foi travada, até porque se tratava de um serviço que existia em outros países. Um dos motivos que levou o Governo da República a travar estas linhas foi o facto de não haver qualquer tipo de restrição ao uso das mesmas. Bastava ter um telefone, saber o número a contactar e estava assim dada a oportunidade para escutar essas conversas.