Sobre o Centro cultural Anjos Teixeira e as suas atividades
1 – O Centro Cultural Anjos Teixeira é fisicamente um espaço multiusos, com uma galeria e um projeto expositivo permanente. Está aberta a todas as propostas de índice cultural e situa-se na Rua João de Deus número 12.
2 – Descreve-se algumas atividades: «Camões a 4 mãos» (Francisco Branco e Francisco Simões); «A obra do Mestre Anjos Teixeira», (com Ricardo Velosa, aluno do Mestre); exposições sobre o artista mentiroso; «Dissonância Climática» (Rui Pena Reis); «Contributos da literatura satírica para a mudança social, caso da Gaiola Aberta, e tivemos um debate interessante.
3 – Debateu-se a questão da Flama (Nicolau Fernandes). No Âmbito das Conversas de Abril falou-se da «Ocupação do Engenho do Hinton», «As lutas do Movimento Camponês (Liberato Fernandes). Revisitamos Abril com Andrade e Silva Presidente da Associação Salgueiro Maia, com Diamantino Alturas ouvimos o depoimento sobre a «Ocupação da Emissora Nacional», «O 25 de Abril nos quartéis» debatemos com Artur Andrade e Martinho Oliveira. Bernardo Martins trouxe-nos «Movimentos Reivindicativos na Madeira na época do 25 de Abril, sobre a Colonia e a sua extinção, ou ainda por concluir. João Lizardo sobre a Azinhaga do Ribatejo.
4 – Ciclo Centenário de Saramago, ouvimos Violante Matos, Martins Júnior, Sílvia Vasconcelos falou da Poesia de Saramago, Edgar Silva e Lucas Rosas sobre a Palavra Resistente, a Prof. Leonor Coelho apresentou o livro «In Nomine Dei» e Luísa paixão falou-nos sobre o Teatro de Saramago, e assistimos ao documentário José e Pilar.
5 – Debatemos a Guerra Colonial com desertores (Pombo) e com defensores da ida à guerra e a combater por dentro (Dírio Ramos), falamos das lutas estudantis em 1969/1973 com o José Júlio, não esquecemos o livro o 25 de Abril e os 40 capitães; «Os presos políticos na Madeira» (Élvio Passos); sobre a Pide na Madeira e a sua falsa brandura; sobre os cafés subversivos e o papel do CF (Comércio do Funchal); o livro «Antes do 25 de Abril» com Faria Paulino e Artur Andrade.
6 – Não esquecemos o papel dos Padres do Pombal (Dírio Ramos e o seu padre Rufino da capela da Ajuda), «O papel do CCO» (Centro de Cultura Operária com Arnaldo Capelo) e debatemos o roteiro da Liberdade com o Nicolau Fernandes.
7 – Foram muitas as exposições de pintura, de escultura, etc. Citamos Lena Gal; «Gente de Abril» (Francisco Simões); fomos até os prováveis ancestrais «Ocupações humanas do arquipélago da Madeira» (David Francisco), revisitamos lagares - estruturas esculpidas na rocha no Curral das Freiras (Nuno Gonçalves), não esquecemos na escultura «As mulheres de Abril» (Carina Mendonça), brilhante exposição da pintora Alice Vieira, «A arte na diáspora» (Octávio Passos ) e Kurt Mulier descreveu o beijo recusado baseado nos textos de Luís Nunes.
8 – Foram diversas exposições: «Por um fio» de Mafalda Gonçalves, falamos de fotografia (Clara Pereira, Miguel Nóbrega e Ana Marta); «Nunca se sabe» - pintura e ilustração de Ângela Costa, os olhares sobre o Porto Santo (Lizardo e David), presente exposição - Identidade mecanização do Ser (…). Com Ricardo Velosa falamos dos presépios de Natal do mestre Anjos Teixeira, a memória trouxe-nos: Há 70 anos a Pide perseguia dezenas de Madeirenses. Com a Marta Sofia tivemos a exposição sobre
o Mês da festa. Do médio oriente assistimos à exposição dos portugueses e achados arqueológicos no tempo dos descobrimentos (Lizardo), Legados de Abril (Indalécio Santos) trouxe os seus trabalhos e abraçou os seus antigos professores Ouvimos as músicas de Abril.
9 – Falámos do Ensino
e da Escola. Não esquecemos a Escola aberta sem muros da Ribeira Brava (Francisco Simões) a Saúde - o novo hospital da Madeira e do Porto Santo, falamos de Habitação (Marco Gonçalves), de ordenamento do território, do POCMAD, (Programa da orla Costeira), dos Planos Diretores Municipais, de Urbanização e de pormenor e de crimes urbanísticos (Dírio Ramos).
10 – Defendemos a Paz e não a Guerra, fomos e somos defensores do fim da guerra colonial, da democratização de Portugal e do seu desenvolvimento, do fim dos blocos militares Nato e Pacto de Varsóvia pela negociação da resolução dos conflitos pela via diplomática.
Temos um centro aberto ao debate, não subsidiado pelo governo, e aberto a todas as correntes políticas.
Atualmente está patente uma exposição de artistas plásticos, Rogério Ribeiro, Zulmira Carvalho, José Emídio, Acácio Carvalho, Manuela Bronze, Rodrigo Cabral e Isabel Cabral, Agostinho Santos, Jaime Azinheiro e Rui Anatony.
Agradeço com muita simpatia a todos os que se apresentaram e aos participantes nos debates.