O meu respeito, consideração e testemunho
Em 1958, conheci o jovem Martins Júnior, quando era seminarista no Seminário Diocesano do Funchal, que estava situado no Caminho do Monte, logo acima da Capela de Nossa Senhora da Encarnação, no Funchal; quando foi apresentado uma peça de teatro no rés do chão do Seminário.
Quando ordenado sacerdote, foi colocado na Sé Catedral do Funchal, como padre coadjutor. Como a sua família era da Vila de Machico, freguesia onde havia pobreza, dedicou-se a instruir e educar as classes sociais mais pobres.
Como sacerdote coadjutor na Sé Catedral do Funchal, visitava as famílias pobres da freguesia, que vendo a pobreza que existia na freguesia da Sé, chamou a atenção dos responsáveis eclesiásticos para verem essa realidade; o que levou o jovem padre Martins Júnior, a ser colocado na zona mais pobre do Porto Santo, numa pequena capela, próximo onde foi construído o primeiro hotel do Porto Santo.
Constatada a miséria daquele povo; formou o grupo folclórico o Moinho, para se exibir no hotel que estava próximo da capela.
Quando começou a guerra nas colónias de Portugal em África, foi mobilizado em 1967, como Capelão Militar, tendo sido colocado no norte de Moçambique.
A sua arma, era a sua viola que levava a tiracolo.
Quando terminou a sua missão militar, foi colocado, como padre numa capela de Machico, na Ribeira Seca; uma zona de grande pobreza da Vila de Machico.
Como bom pastor eclesiástico, começou a preparar o seu povo cristão, para o seu desenvolvimento integral: cívico; moral; religioso e cultural.
O Bispo Francisco Santana, por que nunca aceitou, muito bem, a doutrina social do Concílio Vaticano II, foi um grande causador da disputa com o meu caro amigo, Padre Martins Júnior; que, presentemente, está em coordenadas divinas.
José Fagundes