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A propósito das eleições presidenciais

No próximo mês de Janeiro realizam-se eleições nacionais para a escolha do próximo Presidente da República Portuguesa e os candidatos, como habitualmente surgiram como chuva, mais ou menos cada partido com o seu candidato, embora as candidaturas não sejam partidárias.

Todos nós sabemos que os partidos não podem apresentar candidaturas, mas todos procuram apoiar alguém com ideologia perto de si. Para ser candidato é necessário apresentar sete mil e quinhentas assinaturas de eleitores, de um modo geral por todo o país.

Em relação aos candidatos pensamos que nem todos deveriam poder aceites como tal, porque Na tomada de posse do Presidente eleito, ele terá que jurar “cumprir e fazer cumprir a Constituição Portuguesa”, ora existe um candidato que defende várias inconstitucionalidades, como por exemplo a pena de morte, a castração química e a prisão perpétua. Bem sei que por exemplo o Presidente promulgou vários diplomas que foram considerados “ feridos de inconstitucionalidade”, logo quando isso acontece o Presidente deve ser demitido porque ele tem poderes para pedir a sua verificação prévia. Aliás recordo-me desse Presidente ter dito que fez isso para facilitar a vida ao Governo.

Em relação aos candidatos que já se perfilaram nem todos têm apoio de partidos, ou pelo menos dos grandes partidos ou da área do poder. PPD apoia o seu candidato, antigo Secretário Geral, de tamanho menor e que poderá obrigar a obras no Palácio de Belém ou pelo menos a cortar os pés das mesas e das cadeiras!!! O PS apoia António José Seguro, seu antigo Secretário Geral que foi destituído por António Costa num verdadeiro golpe de “Magia” em que votaram “simpatizantes”, quando quem tinha poderes para o fazer eram só os inscritos no PS, mas na verdade houve muita gente pertencente a outros partidos a votar. António José Seguro aceitou a derrota, apesar de ter ganho as eleições Europeias e saiu da vida política e só voltou a aparecer quando decidiu candidatar-se. O CDS também apoia o candidato do PPD, pois não passa de uma sua bengalinha, o PCP, o IL, o BE e o Chega apresentam os seus candidatos, como é habitual e o Almirante Gouveia e Melo é candidato sem apoio oficial de qualquer partido, dos chamados grandes, mas apesar disso continua na frente nas sondagens, embora a muito pouca distancia em relação aos apoiados pelos maiores partidos. À medida que o tempo vai passando a distancia entre eles vai diminuindo e poderemos dizer que Almirante Gouveia e Melo, José António Seguro, Marques Mendes e André Ventura, a esta distancia estão em empate técnico.

Eu entendo que o Presidente da República deve ser civil, até porque o lugar dos militares, devem ser os quartéis, os barcos, os aviões e nunca em Belém. Já tivemos um militar que se preocupou mais com os “mexericos da corte” e de derrubar Mário Soares, constituindo um partido de vida muito curta. Lá pelo facto de não ter aceite alguns dos privilégios a que tinha direito, lhe dará o titulo de Bom Presidente da República. A verdade, porém é que ele não abdicou de alguns privilégios que a tropa lhe deu. Não é por esse caminho que se mede a qualidade de uma governação dentro da sua área.

Nesta questão das presidenciais, eu jogo pelo Seguro com a sua honestidade, a sua simplicidade a sua honra, com experiência política e principalmente a sua honradez. Ouçam todos, vejam bem o que cada um pretende fazer e depois façam a melhor escolha, mas não se esqueçam que o seguro morreu de velho.