Eleições e mudanças politicas
Quero salientar que foi com Paulo Cafôfo que ganhámos duas maiorias na Câmara Municipal do Funchal e o melhor resultado nas Regionais
Realizaram-se no passado dia 12 eleições autárquicas em todo o país e com elas algumas mudanças na gestão de várias Câmaras e Juntas de Freguesia. Concorreram partidos, coligações e independentes e curiosamente, desta vez, a comunicação social para dar a vitória ao PPD, esqueceu-se que em muitas dessas eleições este partido concorreu coligado com o CDS e nalguns casos com a IL, mas o anúncio dos resultados não foi dado às respetivas coligações mas ao maior partido das mesmas. Se as contas forem bem feitas, não foi o PPD que ganhou, porque umas foram ganhas pela coligação PPD + CDS e outras pelo PPD, com a coligação da CDU, aconteceu o mesmo, pois disseram que o PCP perdeu sete câmaras, quando legalmente eram da CDU, embora neste caso se saiba que o Partidos dos Verdes, parceiro de coligação do PCP, praticamente não existe, Não passa de um parceiro fantoche, porque os comunistas têm receio de perder muito mais votos se aparecerem só com PCP… O PPD ganhou mais Câmaras porque era o principal partido da coligação e o CDS serviu apenas de bengala. É o caso concreto de Lisboa e Porto em que não houve, mesmo em coligações, quaisquer maioria absoluta. Claro que já sabemos que nalguns casos haverá uma aliança do PPD/coligação com o Chega, como partidos de direita e de extrema direita que são. A nível nacional o PS aguentou-se muito bem com uma pequena diferença para o primeiro.
A nível da Madeira, para mim não houve surpresas, apesar de o Partido Socialista ter perdido a Câmara da Ponta do Sol, porque há três anos que andava a avisar o partido que os resultados do PS naquele concelho eram tão maus que dificilmente ganharia a Câmara. Infelizmente não me enganei. Em São Vicente ganhou um candidato que foi andando para a direita e que já tinha conseguido 800 votos com a IL que somados aos do Chega, seriam suficientes para a vitória, uma vez que a coligação do PPD/CDS andou baralhada durante muito tempo com as más escolhas para a Câmara e Juntas de Freguesia. Não foi uma vitória do Chega, mas do candidato que foi mudando, à procura de poleiro, até conseguir a vitória, Não foi uma questão ideológica porque uma pessoa que está no PS 32 anos não muda para extrema direita por ideologia.
No PS existirão mudanças na liderança e pena foi que essa mudança não se tenha dado há mais tempo, para que o novo líder tivesse podido deixar a sua marca nas eleições autárquicas. Contudo quero salientar que foi com Paulo Cafôfo que ganhámos duas maiorias na Câmara Municipal do Funchal e o melhor resultado nas Regionais. Ninguém lhe pode retirar esses méritos. Daqui a dias teremos eleições internas do Partido e, que eu saiba, o Paulo Cafôfo não vai ser candidato a novo mandato, portanto teremos novo líder. O meu candidato preferido é Miguel Silva Gouveia, mas daqui até lá ainda muita água vai passar debaixo da ponte. Além disso vou sair da Madeira por umas semanas no próximo Domingo, mas estarei atento ao que se passar por aqui. O PS/M precisa de um líder que una e não de um candidato que parta já com um partido dividido. Aguardarei para tomar aquilo que chamo de decisão mais correcta para bem do PS /M e para bem da democracia na Madeira que precisa de um partido forte, unido e bem gerido para fazer frente a partidos populistas, como aqueles que o ultrapassaram em número de votos. Faço um apelo a todos os militantes do PS/M que escolham pelo melhor e não se deixem levar por outros que não merecem e que há muito deveriam ter deixado de ter lugar de direção.