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Pouca lampreia no Alto Minho vendida a cerca de 100 euros

Foto Shutterstock
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A Associação Profissional de Pescas do Rio Minho e Mar afirmou hoje que "está a ser um ano complicado" para a pesca da lampreia, que é pouca, sendo vendida, face à elevada procura, entre os 70 a 100 euros.

"Não podemos dizer que não seja economicamente viável. Nos últimos 10/15 anos, será o ano mais complicado, porque é pouca lampreia. Mas os anos anteriores foram anos de abundância extrema", disse à Lusa o presidente da associação, Augusto Porto.

De acordo com o responsável, a lampreia tem sido "muito procurada" e vendida "a preços que nunca se praticaram -- entre 70 a 100 euros na primeira venda, por espécie".

A diminuição da lampreia preocupa a associação, mas a safra deste ano tem permitido "ver muitos juvenis em direção ao mar", levando a "crer em retomas de bons anos".

"Reparamos que este ano é de muita abundância desta pequena", observou.

A faina da lampreia decorre na época em que a espécie volta a entrar nos rios, na direção da nascente, para cumprir a fase de reprodução.

A atividade decorre em cerca de 35 quilómetros do rio Minho, variando em função da arte utilizada, já que pode ser feita com "lampreeiras", a bordo de embarcações artesanais, ou com pesqueiras armadas, arte denominada botirão e cabaceira (estruturas antigas, em pedra, existentes no rio).

Nas pesqueiras, a faina começa no dia 15 de fevereiro.

No rio Lima, a faina faz-se apenas numa extensão total de 10 quilómetros, entre a cidade de Viana do Castelo e a freguesia de Lanheses, no mesmo concelho.

Contactado pela agência Lusa, Luís Miguel Ferreira, da direção da Associação de Pescadores do rio Lima, observou que a pesca da lampreia "está com a mesma equivalência do ano passado" em termos de quantidade.

Em 2023, os pescadores assistiram a uma redução da quantidade de lampreia disponível.

Os preços estão "mais elevados", rondando os 100 euros por espécie, disse.

"Ainda não se pode avaliar o ano. A pesca decorre até 10 de abril", observou.