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Brasileiros favoráveis a medidas mais apertadas para combater alterações climáticas

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Mais de 80% dos brasileiros são favoráveis a políticas governamentais apertadas para combater as alterações climáticas, como investimentos em energias renováveis, de acordo com um estudo divulgado pelo Banco Europeu de Investimento (BEI).

Num inquérito do BEI sobre o clima na América Latina e Caraíbas hoje publicado, 83% dos questionados brasileiros (a mesma percentagem que na Argentina) diz ser favorável à aplicação pelos governos de medidas mais rigorosas de combate às alterações climáticas, o que de acordo com a instituição financeira da União Europeia "demonstra disposição para aceitar alterações nas políticas e no estilo de vida em prol da sustentabilidade ambiental a longo prazo".

Em média, 88% dos inquiridos na região afirma ser favorável a medidas governamentais mais rigorosas, numa percentagem que ascende a 95% no Peru.

Questionados sobre qual deveria ser o objetivo principal dos governos, 80% dos inquiridos na América Latina e Caraíbas indicam que deveria ser a proteção do ambiente e o crescimento sustentável "e não o crescimento económico a qualquer custo".

"Este resultado demonstra que o público está ciente da ligação entre a saúde ambiental e a prosperidade económica e que não está apenas preocupado em obter vantagens económicas imediatas", acrescenta a BEI.

Quanto a medidas em concreto, 80% dos inquiridos na região assinala que os governos deveriam dar prioridade aos investimentos em energias renováveis em detrimento dos combustíveis fósseis ou de outras fontes de energia não renováveis, sendo que 51% dizem preferir fontes renováveis de grande escala, tais como as centrais hidroelétricas, eólicas, fotovoltaicas ou geotérmicas, ao passo que 29% favorecem as fontes renováveis de menor dimensão, nomeadamente os painéis solares de telhado ou as centrais mini-hídricas.

"Esta preferência esmagadora pelo investimento em energias renováveis reflete uma sensibilização crescente dos cidadãos da América Latina e das Caraíbas para a importância da sustentabilidade e o papel das energias limpas no combate às alterações climáticas", conclui a instituição financeira da UE.

Os dados deste estudo têm por base inquéritos realizados em maio deste ano a 10.500 participantes de 13 países região (América Latina, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, Salvador, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai).