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JPP não quer eleições internas antes das Legislativas

Lina Pereira explica que a comissão política pode votar nova liderança em caso excepcional

Lina Pereira é assistente política do grupo parlamentar e membro do secretariado. Aqui com Élvio Sousa, líder parlamentar.
Lina Pereira é assistente política do grupo parlamentar e membro do secretariado. Aqui com Élvio Sousa, líder parlamentar., Foto DR

Em caso de demissão do presidente do partido, os estatutos do Juntos Pelo Povo (JPP) prevêem a convocatória de um congresso extraordinário ou numa situação excepcional, de grande urgência, a comissão política, por indicação do secretário-geral, neste caso Élvio Sousa, pode fazer essa votação, até novo congresso.

Segundo Lina Pereira, assistente política do Grupo Parlamentar Juntos Pelo Povo e membro do secretariado,  o partido não está interessado em arrumar a casa nesta fase, até porque não tem mãos a medir a menos de dois meses das eleições legislatvas.

Como revela a manchete de hoje do DIÁRIO, o também presidente da Câmara de Santa Cruz, Filipe Sousa, apresentou o pedido de demissão da liderança do JPP após ter sido colocado em 5.º lugar na lista de candidatos às eleições de 24 de Setembro, o que deixa o jovem partido sem liderança.

A questão de realizar ou não um congresso e eleições antecipadas ainda não foi abordada, de acordo com a militante. “Isto é tudo muito recente, as pessoas têm direito a agir de cabeça quente e depois a reflectir um pouco. Dialogando é que se pode chegar a algum lado”, lembrou. Lina Pereira confessa que espera que Filipe Sousa reconsidere, volte atrás. “Gostaria que isso acontecesse”. Mas quem o conhece diz ser muito pouco provável.

Entretanto os membros do núcleo duro do JPP começaram ontem a ir ver aos estatutos para tentar perceber os próximos passos. “São possibilidades mas nós não queremos pensar nisso ainda, porque não dá tempo”. A também candidata a deputada ocupa o 5.º lugar com a recusa do fundador do JPP em entrar ne lista neste lugar que lhe atribuíra em votação por maioria na comissão política.

“Nós temos o processo da candidatura em curso, recolha das certidões, ir às juntas, ainda estamos nisso. Não pode ser prioridade agora”, explicou Lina Pereira, referindo-se ao eleger um novo dirigente A ser urgente, continuou, serão reorganizadas as prioridades.

Quanto à pessoa que poderia ocupar o lugar deixado vago pela demissão de Filipe Sousa, sem mencionar nomes, Lina Pereira disse: "qualquer pessoa que esteja a dar um enorme contributo ao partido, que tenha estado e tenha alavancado o próprio projecto, não só enquanto movimento, mas aqui enquanto partido, que defenda os valores, os princípios que são a nossa base e matriz, há-de ser alguém que vai representar muito bem o JPP".