Mundo

Presidente francês considerou Jane Birkin "uma artista completa"

None

O Presidente francês Emmanuel Macron prestou hoje homenagem a Jane Birkin, uma cantora e atriz franco-britânica que morreu aos 76 anos, considerando-a "uma artista completa" e um "ícone francês" que "incorporou a liberdade".

"Por encarnar a liberdade, por cantar as palavras mais belas da nossa língua, Jane Birkin foi um ícone francês. Artista completa, a sua voz era tão suave quanto os seus compromissos eram ardentes. O legado das suas melodias e das suas imagens não nos deixarão ", escreveu o chefe de Estado no Twitter, citado pela agência France-Presse.

A cantora e atriz britânica Jane Birkin morreu hoje aos 76 anos, depois de desenvolver praticamente toda a sua carreira artística em França, apesar de ter estado algum tempo afastada devido a problemas de saúde.

O canal BFMTV, citado pela agência Efe, revelou, com base em fontes próximas da artista, que Jane Birkin foi encontrada morta em casa, em Paris.

A artista, que esteve em Portugal em 2017 para protagonizar o espetáculo 'Gainsbourg Sinfónico' no Anfiteatro ao Ar Livre do Jardim Gulbenkian, estava há algum tempo afastada dos palcos, embora tenha voltado pontualmente ao trabalho após sofrer um acidente vascular cerebral, em 2021.

Em março passado, cancelou durante dois meses os seus concertos, voltando a cancelar, no final de maio, novos espetáculos agendados.

Nascida em Londres a 14 de dezembro de 1946, Jane Birkin era filha de um militar e de uma famosa atriz inglesa, Judy Campbell, pelo que teve contacto direto com o cinema desde a infância.

Os seus primeiros papéis foram em dois filmes premiados no Festival de Cinema de Cannes: "Le Knakck" de Richard Lester, em 1965 e, acima de tudo, "Blow-Up" de Michelangelo Antonioni, em 1967.

Em 1968 fixou residência em França, onde conheceu o cantor Serge Gainsbourg, com quem viveu uma história de amor, que resultou em alguns títulos que causaram sensação e ocasionais escândalos, sobretudo com um dueto que fez história: "Je t'aime moi non plus", de 1979.

Jane Birkin continuou também a sua carreira de atriz, primeiro com papéis cómicos como em "La moutarde me monte au nez" ou "La course à l'échalote".