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Rebelião na Rússia: Guterres pede aos envolvidos para "evitarem novas tensões"

FOTO ANDRONIKI CHRISTODOULOU/AFP
FOTO ANDRONIKI CHRISTODOULOU/AFP

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu hoje a todos os envolvidos na rebelião dos mercenários do grupo paramilitar Wagner, na Rússia, que "evitem novas tensões" na região. "O secretário-geral da ONU tem estado a acompanhar com preocupação os desenvolvimentos na Federação Russa. Insta todas as partes envolvidas a continuarem a atuar de forma responsável e com o objetivo de evitar mais tensões", lê-se num comunicado da Organização das Nações Unidas.

Na nota é ainda referido que António Guterres "está a par dos últimos relatórios sobre as medidas para reduzir as tensões". A declaração surge um dia depois de o chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, ter suspendido as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.

Também no sábado, antes da suspensão, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição. Prigozhin acusara antes o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia. As acusações de Prigozhin expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia. Ao fim do dia, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.