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Wall Street termina em alta tranquilizada pelo abrandamento da inflação

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A bolsa de Nova Iorque terminou a sessão de hoje em alta, tranquilizada pelo abrandamento da inflação nos Estados Unidos da América, confirmando que a Fed não deve aumentar as taxas de juro na quarta-feira.

O índice Dow Jones subiu 0,43%, para 34.212,12 pontos, o Nasdaq, de alta tecnologia, ganhou 0,83%, para 13.573,32 pontos, e o S&P 500 ganhou 0,69%, para 4.369,01 pontos, o maior em mais de um ano.

O índice de preços ao consumidor CPI nos Estados Unidos desacelerou em maio para 4%, contra 4,9% em abril, o menor registado em mais de dois anos, tal como esperavam os analistas.

Num mês, o aumento de preços ao consumidor foi de 0,1% contra 0,4% em abril, uma desaceleração provocada, principalmente, pela queda dos preços da energia.

"É um valor de inflação correto, nada mais", resumiu Steve Sosnick, da Interactive Brokers.

Em contrapartida, a inflação subjacente (excluindo preços de alimentos e energia) continuou em alta com 5,3% (ano) e mais 0,4% em um mês.

A publicação deste índice surge um dia antes de uma decisão da reserva federal (Fed), o banco central norte-americano, sobre as taxas de juro.

Pela primeira vez, em mais de um ano, os juros não deverão subir, segundo os cálculos dos mercados.

Contudo, os investidores estarão atentos às intenções da Fed para os próximos meses, através das suas novas projeções e da conferência de imprensa do seu presidente, Jerome Powell.

Para Paul Ashworth, da Capital Economics, com a inflação subjacente "ainda alta, a Fed deve sinalizar na quarta-feira que está inclinada a aumentar as taxas na próxima reunião no final de julho".

No mercado de títulos, os rendimentos tiveram um movimento inicial de flexibilização antes de subir novamente.

As taxas a 10 anos subiram para 3,81% contra 3,73% no dia anterior e a dois anos para 4,66% contra 4,57%.