A Guerra Mundo

Rússia insiste que repeliu todos os ataques das forças ucranianas

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Foto arquivo/ Foto Anatolii Stepanov/AFP

O Ministério da Defesa russo insistiu hoje na versão de que as suas tropas repeliram todos os ataques inimigos, embora o Exército ucraniano reclame a reconquista de cinco localidades desde o início da sua contraofensiva.

O Ministério russo garante que as forças comandadas por Moscovo repeliram cinco ataques ucranianos nas últimas 24 horas, nas regiões de Donetsk e Zaporijia, maioritariamente controladas por tropas russas.

Moscovo acrescentou que em três dessas ofensivas na fronteira administrativa entre as duas regiões orientais, as forças ucranianas teriam perdido mais de 120 militares, além de dois tanques e três blindados.

Segundo o Ministério da Defesa russo, os combates mais sangrentos ocorrem à volta dos redutos de Márinka e Avdíivka, nos arredores da capital regional de Donetsk, onde o inimigo teria perdido cerca de 140 soldados.

Hoje, o Exército ucraniano anunciou a libertação de uma pequena cidade (Novodarivka) em Zaporijia, à qual se devem acrescentar as quatro localidades recapturadas nos últimos quatro dias em Donetsk.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reconheceu no sábado o início da contraofensiva, que segundo Moscovo começou em 04 de junho.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse na sexta-feira que todas as ofensivas ucranianas falharam, mas que Kiev ainda mantém o seu "potencial ofensivo".

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.