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Madeira

IL acusa CMF de não cumprir o prazo de definição do regulamento do horário nocturno na Zona Velha

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O partido Iniciativa Liberal - Madeira veio hoje a público, através de comunicado, acusar a Câmara Municipal do Funchal de não cumprir os prazos de medidas que anunciou, referindo-se especificamente à definição do regulamento do horário do comércio na Zona Velha.

A 24 de Fevereiro deste ano, o presidente da Câmara do Funchal anunciou que o novo regulamento para disciplinar o horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais da Zona Velha da cidade, estaria concluído até final de Abril. Depois foi Setembro e mais tarde no final deste ano. E agora (sim, agora é que vai ser) será para o ano.  Anuncia-se, regularmente, que os serviços camarários estão no terreno a fazer um levantamento das situações e a ouvir as entidades e os cidadãos aí residentes, por forma a criar um regulamento que assente no direito à residência e à atividade comercial. Este tempo todo deve dar para ouvir toda a gente umas dez vezes. Não se comprometem com a determinação de uma hora para o encerramento de bares e similares. Segundo o Presidente da Câmara terá de ser "uma hora razoável".  IL

Citando Pedro Calado, o IL-Madeira lembra que o autarca afirmou que "a Zona Velha, lugar histórico da cidade, não pode ser uma centralidade para diversão noturna". "O objectivo é resolver esta situação o mais breve possível, pois a actual situação é insustentável", acrescentava, recorda o partido.

Adiam, adiam, adiam, e quem lá vive desespera. Numa reunião com moradores foi dito que só para o ano seria possível regulamentar, que as pressões eram muitas.  O tempo vai passando e os moradores da Zona Velha desesperando. A agitação, o ruído, impedem que quem lá vive tenha direito ao seu descanso com qualidade.  IL

O partido lembra também que há quase dois anos que pediu uma audiência à CMF para ouvir a sua argumentação sobre o assunto.

Pedimos reuniões com várias entidades sobre este assunto. A CMF foi a única entidade que não se dignou responder. Nem por cortesia. Demonstrou desrespeito por esta estrutura partidária, o que nem consideramos grave ou não expectável, mas, acima de tudo, desrespeitou quem ali vive e não consegue descansar, pessoas esgotadas, tanto física como psicologicamente. Agora, com o partido representado na ALRAM, voltámos a pedir uma audiência. E, como seria de esperar, voltámos a não ter resposta.  IL

O IL-Madeira refere que "esta falta de respostas" da Câmara Municipal do Funchal não o espanta, uma vez que "foi por ela recebido um abaixo-assinado com cerca de 120 assinaturas de moradores em 8 de Outubro de 2021, ao qual também não responderam".

Nem depois de há um ano, ter voltado a ser pedido novo deferimento ao referido documento. Mas estão a ouvir as partes, dizem. Desde 2007 estão os portugueses protegidos do ruído, garantindo a lei uma noite sossegada e retemperadora. Continuam, com cada vez menos paciência, os moradores da Zona Velha à espera de que a CMF faça cumprir a Lei Geral do Ruído e o que o PDM determina ao considerar aquela parte da cidade como zona mista.  IL

O IL recorda que "todos merecem o seu descanso e a lei existe para nos proteger nos casos de ruído excessivo". Entre as 23 horas da noite e as 7 horas da manhã, "ninguém pode ser incomodada por ruído que lhe prejudique o descanso".

As queixas e o excesso de ruído nunca resultam em multas, mesmo com processos abertos pela PSP. Se estamos errados,  que o demonstre a CMF. Que mostrem quantas entidades na Zona Velha foram, por si, autuadas. Toda esta situação é vergonhosa e é tratada com desrespeito e indignidade.  A CMF não aplica a lei. A CMF está, no que a este assunto diz respeito, do lado de fora da lei.  IL