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Eleições nos Açores País

JPP candidata ex-líder do Chega às regionais dos Açores

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O partido Juntos pelo Povo (JPP) confirmou, na quinta-feira, que o deputado independente Carlos Furtado (ex-Chega) é cabeça de lista pelo círculo eleitoral de São Miguel às eleições regionais antecipadas de 4 de Fevereiro. O candidato foi líder do Chega na região, mas abandonou o partido após divergências a nível nacional e regional.

"O até agora deputado independente eleito diretamente pelo círculo eleitoral de São Miguel representará em 2024 o JPP, encabeçando a lista pela mesma ilha", lê-se numa nota de imprensa do JPP, acrescentando que Carlos Furtado aceitou o convite do partido.

Ainda de acordo com o partido, Carlos Furtado será também o responsável pela coordenação política do próximo ato eleitoral.

Carlos Furtado é empresário e técnico projetista e, segundo o JPP, "desde há muitos anos que participa em atos cívicos e políticos, tendo desempenhado vários cargos partidários e mandatos políticos ao longo da vida".

O partido indica ter como objetivo ser a terceira força política na próxima legislatura açoriana, destacando a "abrangência do projeto JPP e a proximidade" que apresenta ao eleitorado.

"Longe dos extremismos de esquerda e direita, mas também das agendas animalistas e liberais, o JPP é um partido de consensos e de proximidade às causas regionais", é salientado na nota.

Na segunda-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou a dissolução da Assembleia Legislativa dos Açores e a marcação de eleições regionais antecipadas para 04 de fevereiro de 2024, decisão que obteve parecer favorável de Conselho de Estado.

Antes, em 30 de novembro, o chefe de Estado ouviu os partidos representados no parlamento açoriano, na sequência do chumbo do orçamento regional para 2024.

As eleições regionais nos Açores irão realizar-se cinco semanas antes das legislativas antecipadas anunciadas para 10 de março do próximo ano.

O Governo de coligação (PSD/CDS-PP/PPM) nos Açores, chefiado por José Manuel Bolieiro, deixou de ter apoio parlamentar maioritário desde que um dos dois deputados eleitos pelo Chega se tornou independente e o deputado da Iniciativa Liberal rompeu com o acordo de incidência parlamentar, em março.

O executivo de José Manuel Bolieiro manteve um acordo de incidência parlamentar com o agora deputado único do Chega no parlamento açoriano.