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Assembleia Legislativa Madeira

Parlamento vai aprovar protesto pela suspensão das 'primárias' da oposição na Venezuela

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O parlamento regional deverá aprovar, por larga maioria, um voto de protesto, apresentado pelo deputado da Iniciativa Liberal, Nuno Morna contra a decisão do Supremo Tribunal da Venezuela que suspendeu as 'primárias' da oposição para escolha de um candidato único para enfrentar Nicolas Maduro nas eleições presidenciais do próximo ano.

Nuno Morna lembrou que Maria Corina Machado, uma liberal, foi a escolha da oposição para enfrentar o regime "ditatorial" de Maduro e a decisão de suspensão do Supremo Tribunal foi vista como um ataque à oposição e amplamente condenada pela comunidade internacional.

"O regime venezuelano é uma ditadura", afirmou Nuno Morna que deu exemplos das perseguições aos membros da oposição e todo um conjunto de ilegalidades cometidas pelo governo de Maduro.

Ana Cristina Monteiro, do CDS, recordou que estas eleições primárias foram organizadas pela oposição e que não poderiam ter interferência do Supremo Tribunal.

Patrícia Spínola, do JPP recordou toda a uma série de perseguições aos opositores e a escolha de juízes do regime para o Supremo Tribunal.

Maíza Fernandes, do CH lembrou a situação catastrófica da economia da Venezuela, a fome e miséria que atingem a população.

Roberto Almada, do BE, apoia o voto de protesto porque não tem dúvidas de que "o que se vive na Venezuela não é socialismo" que tem de "rimar com democracia". No entanto aproveitou para lembrar a posse do novo presidente da Argentina, de extrema-direita e que defende "aberrações" e que deveria ser motivo de outro voto de protesto.

O PS também apoia o voto de protesto, mas denuncia a "campanha" da direita que tentou "colar" o PS ao regime da Venezuela e lembra que foi o PSD que "andou debaixo da asa" de Hugo Chávez.

Pelo PSD, Carlos Fernandes lembrou que mais de 2 milhões de venezuelanos participaram numas eleições organizadas pela sociedade civil, as 'primárias' da oposição. "Hoje, a Venezuela tem mais de 280 presos políticos", lembrou. Pessoas perseguidas "por pensarem diferente".

O deputado do PCP Ricardo Lume - regressou hoje ao parlamento - lembrou que o povo da Venezuela tem sido vítima de repressões económicas que têm como objectivo atingir o governo de Nicolas Maduro. Sobre o voto em causa, considera que há questões internas da Venezuela e que devem ser os venezuelanos a decidir os seus destinos e que há leis para cumprir. O PCP deverá ser o único partido a não votar a favor do voto de protesto da IL.

O PAN não se pronunciou sobre o voto de protesto.