Miguel Albuquerque continua a fazer tabu se irá ser cabeça-de-lista às eleições legislativas e se fechará um eventual acordo com o CDS. O líder do PSD-M também não foi claro se o presidente de Câmara de Lobos, Pedro Coelho, poderia estar na lista de candidatos, mas para que isso fosse possível, sublinhou, será necessário analisar as “consequências”.

“Nós somos eleitos para os lugares, o problema é como saímos, e sair bem é quase tão importante como entrar bem”, ou seja, ficou entendido na visita a uma empresa sediada no parque empresarial de Câmara de Lobos, na qual o edil também estava presente, que dificilmente estará no lote dos elegíveis mesmo que o seu nome esteja a circular nos bastidores dos social-democratas.

Quanto a acordos com os centristas e a sua própria inclusão na lista, deixou para os órgãos do seu partido a 'batata quente', passando a responsabilidade de uma decisão, no entanto é sabido que as propostas são sempre levadas por si, algumas sem direito a muita argumentação e das quais resultam, à posteriori, discussão na praça, como foi o acordo de coligação para as Regionais em que uma parte dos militantes não disfarçou o incómodo.

Todas estas palavras desta manhã foram escutadas de viva voz pelo presidente do CDS. Rui Barreto ouviu mantendo sempre uma postura calma e serena, o que pode ser um sinal de que o seu desejo, o de coligação pré-eleitoral, estará já consumado.