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Madeira

Rodrigues defende que Educação é arma de combate às desigualdades sociais

Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira encerrou o 2.º Encontro de Educação

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O Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira disse, hoje, na sessão de encerramento do 2.º Encontro de Educação, que "a pior desigualdade, a mais cruel, é a desigualdade de saberes entre cidadãos, pois é esta diferença de conhecimentos leva a outras assimetrias nos planos financeiro e social". Subordinado ao tema "Uma Sociedade Ativa Começa na Escola", promovido pelo Sindicato Democrático dos Professores e pela Câmara Municipal da Ribeira Brava, o evento decorreu na Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares, da Ribeira Brava.

De acordo com uma nota de resumo da intervenção, José Manuel Rodrigues entende que "para combater, ainda mais, as assimetrias sociais", deve ser dada "uma maior liberdade às escolas" e que que seja feita uma forte aposta na "ampliação de competências de docentes e formadores, capacitando-os para a inovação pedagógica, designadamente através do recurso a diferentes métodos de ensino, que integrem as tecnologias e as artes, tornando as aulas experiências mais dinâmicas, enriquecedoras e apelativas".

Na nota, refere-se que José Manuel Rodrigues disse que este é o "caminho que devemos percorrer com maior celeridade para termos uma escola à medida de cada um e ao serviço de todos". E apontou: "A escola é hoje muito mais do que um espaço de educação, e esta é chamada a participar ativamente na transformação social, a acompanhar os novos tempos e a enfrentar os novos desafios como as questões relacionadas com a revolução tecnológica, a evolução das redes sociais e a digitalização."

José Manuel Rodrigues disse, justificando o repto lançado, que "é todo um mundo novo a que a escola e os seus agentes, em particular os professores, são chamados a participar e para o qual necessitam de dispor dos meios e recursos para responder aos que lhes é pedido".

O Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira elogia a promoção do mérito dos estudantes, mas "alerta para os perigos de uma concorrência desenfreada". E explicou: "Sou daqueles que entende que a escola deve premiar e reconhecer o trabalho e o mérito dos alunos, mas tenho sérias objeções a que se replique no estabelecimento de ensino o modelo de sociedade onde vivemos, baseado apenas na competição, na concorrência, na disputa pelos melhores lugares."

Por isso, reforçou, que "uma boa Formação, uma correta Instrução e uma sólida Cultura são elementos decisivos para que uma pessoa garanta um trabalho com dignidade ao longo da sua vida", realçando que "os passos significativos na Educação" na Região e em Portugal. Negativamente, apontou "alguns condicionamentos como 'os preços das creches e do pré-escolar e, no final do percurso académico, as propinas e os custos com a frequência do ensino superior. Seja como for, a Educação é hoje um direito inalienável e que está ao alcance de todos. Mas mais do que um Direito, a educação e formação devem ser um almejo de todos'", disse, citado na nota.

O Presidente do Parlamento madeirense mostrou-se, também, "preocupado com o abandono escolar e o insucesso educativo, que apesar dos progressos, continuam a existir" e pediu "respostas eficazes, pois está em causa a formação integral dos cidadãos e as suas competências para o mercado de trabalho e para a sua inserção social".