O caritativo presidente desmobilizou um justo protesto

As condições de habitabilidade dos professores deslocados, é pouquinho mais que nada! Os docentes têm em mãos - de facto - o futuro de Portugal, pela instrução que proporciona aos estudantes, sendo duma utilidade/importância extraordinária.

Assim, a governança precisa de responder e, até agora, face à crise da falta de casas, um problema de décadas e de desprezo por quem tinha a obrigação de apresentar soluções, traduz-se numa incúria quase total...

Várias áreas da sociedade estão num profundo défice.

Só na retórica de quem diz governar é que vivemos melhor... nem com óculos, «com» quatro olhos, o 1.º ministro enxerga. Uma lástima à vista desarmada.

Um professor, «habitava» numa viatura à porta do Palácio presidencial de Belém, protestando pela enorme dificuldade por que passam os professores deslocados e bem. Eis que surge, o presidente e a aquele justo protesto ficou furado...

O docente fez saber, que Marcelo lhe pagou uma noite numa pensão onde pôde tomar um duche. Este carácter assistencialista caritativo, que faz dobrar a cerviz de quem aceita, não faz levantar a cabeça. A ajuda é burlesca e a aceitação porque fez desmobilizar a luta nem devia ter acontecido. Sabemos que o presidente pula para estar próximo das pessoas mas, neste caso, nada entendeu sobre o alcance desta manifestação ousada, justa e impactante! Esta caridade adiou mais a solução.

A prolongada luta dos professores está longe de estar resolvida e continuando a querer que lhes acertem as contas, é triste e revoltante pedirem o que lhes assiste por direito próprio. É deles!

Alertem António Costa: está a abrir todas as portas a um perigosíssimo desventurado!

Vítor Colaço Santos