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Alterações Climáticas Madeira

Revisão da Estratégia Clima-Madeira avança para segunda fase

Susana Prada fez balanço de oito anos e meio no governo e do trabalho desenvolvido no combate às alterações climáticas

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A secretária regional do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas fez hoje um balanço do que fez nesse particular durante os oito anos e meio de mandato no Governo Regional da Madeira, na abertura da apresentação da 1.ª Fase da Revisão da Estratégia Clima-Madeira, que decorre no Colégio dos Jesuítas, no Funchal.

De acordo com Susana Prada, "a ação climática é um dever político e a ciência é o seu maior suporte", reforçando que "a política climática e a ciência articulam-se como estruturas fundamentais, pelo que" quem decide com base na ciência, decide com maior segurança, e quem investe com base na ciência, investe no futuro".

Perante o desastre climático, notório a cada ano, e é preciso agir. "Ciente desta responsabilidade, o Governo Regional aprovou, em 2015, a Estratégia Clima-Madeira, instrumento orientador das políticas regionais, com objetivos muito claros para as diferentes áreas estratégicas, e que foram integralmente cumpridos", lembrou. "Falo da avaliação de riscos e sistemas de proteção, como o Plano Regional de Riscos de Inundação, a implementação de Sistemas de Alerta de Aluviões e de Alertas Meteorológicos, no qual se inclui o Radar do Porto Santo".

E, também, "falo de limpeza e reflorestação de 1.650 hectares e da criação de uma faixa corta-fogo, com 640 hectares, entre o Terreiro da Luta e o Palheiro Ferreiro, falo do aumento da proteção das Áreas Protegidas, incluindo a criação da maior área marinha 'No-Take' do Atlântico Norte, as ilhas Selvagens", continua.

Susana Prada fala ainda da "captação de águas desaproveitadas, caso do Lombo do Urzal e da diminuição das perdas de água através da recuperação de dezenas de km de canais de rega e de redes de abastecimento" e fala do "aumento do armazenamento de água em altitude, no túnel do Pedregal e na Lagoa do Paul da Serra".

E ainda revelou mais três ideias: "Falo da elaboração dos Programas de Orla Costeira do Porto Santo e da Madeira e do Programa de Ordenamento do Território da Região; falo do reforço do cordão dunar e das recargas de areia na praia do Porto Santo, para a defender da inevitável subida do nível do mar; e falo de muitos outros passos que o Governo Regional deu para garantir uma Região resiliente a uma realidade imposta, mas à qual nos temos sabido adaptar."

Para a governante, que está de saída para ver se ainda consegue recuperar o tempo de serviço no Ensino, sai de" "consciência tranquila" e com "sentimento de dever cumprido", escusa do-se a comentar os recentes incêndios que atacaram não só a floresta de espécies invasoras como a nativa, a Floresta Laurissilva, apenas optando por agradecer a todos quantos contribuíram para debelar as perdas na flora madeirense.

Naquele que aparentou ser o último discurso público, Susana Prada revelou emotividade na hora da despedida, mas não deixou de notar o legado que deixa. "O conhecimento e a evolução dos métodos permitirão refinar e atualizar a Estratégia Clima-Madeira, assegurando as melhores decisões e o planeamento futuro de uma região tão singular como a nossa", afiançou. "É com tranquilidade que encaramos o futuro... A Região está, há muito, determinada no combate às alterações climáticas, e não existe Valor Maior do que o sentimento do dever cumprido", terminou.