Madeira

Injecção de dinheiro não resolve problemas na saúde

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Henrique Capelas, presidente do conselho de administração do Hospital de Guimarães diz que “o problema na saúde em Portugal não é colocar mais recursos sem haver uma mudança estrutural”, ainda que alguns críticos considerem que os constrangimentos andam sempre à volta de “dinheiro”. 

“O problema não é gastar mais. A solução é gastar melhor”, acentuou, lembrando as exorbitantes quantias que têm sido canalizadas pelo Estado desde 2007 quando, nessa data, o Estado transferia 7,8 mil milhões de euros. “Neste momento estamos na casa dos 13,4 milhões de euros”, precisou durante a sua intervenção nos Estados Gerais que decorre no Centro de Congressos.

“O dobro”, observou, acrescentando que não vê que os portugueses tenham melhores serviços, de qualquer modo considera que existem excelentes profissionais: “Temos uma excelente medicina. Gestão? Tenho algumas dúvidas”.

Antes manifestou esperança que o novo ministro da Saúde, Manuel Pizarro irá trazer um “ar fresco” sobre o sector. A sua observação assenta naquilo que conhece do médico que ocupa o novo cargo.

As "falsas urgências é um problema e que entopem o sistema", que no seu entender ficaria resolvido se houvesse um sistema de cuidados integrados e não espartilhado como acontece no SNS 

Acabou a sua alocução temendo que os gastos na saúde cresçam e o crescimento produtivo não acompanhem as despesas: "É provável que isto estoure".