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Marcelo afirma que Museu do Tesouro Real é símbolo de "uma grande pátria"

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou hoje orgulho no novo Museu do Tesouro Real inaugurado no Palácio da Ajuda, em Lisboa, e afirmou que é símbolo de "uma grande pátria".

"Desejo que aqui venham muitos, muitos portugueses e muitas portuguesas para se orgulharem do seu país. Não é deixarem de reconhecer os pecados, os erros, os atropelos, aquilo que falhou na história pátria, é para perceberem que, para além disso, aquilo em que fomos grandes prevaleceu", declarou.

Na cerimónia de inauguração deste museu estiveram, entre outros, o primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, o seu antecessor e atual ministro das Finanças, Fernando Medina, e o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.

Marcelo Rebelo de Sousa, que discursou depois do primeiro-ministro, assinalou que enquanto se concluía esta obra no Palácio da Ajuda "mudarem titulares de cargos governativos e autárquicos, e no entanto a obra aqui está".

O chefe de Estado dedicou a intervenção ao tema da "continuidade e grandeza da pátria" portuguesa.

"Desde D. Afonso Henriques até hoje é a mesma pátria e é o mesmo povo, mesmo quando o povo foi mudando ao longo do tempo. As instituições foram cumprindo a sua missão e foram-se sucedendo", sustentou.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, com este museu "a República acolhe sob o signo da pátria" as joias da monarquia.

"Muda o regime, muda o sistema, mudam os protagonistas de toda a natureza, mas a pátria continua, e o povo que lhe dá a substância humana também. E é uma grande pátria. Este tesouro é o retrato de uma grande pátria", defendeu.

O Presidente da República realçou a antiguidade de Portugal e referiu que "por isso tem um grande património material e um grande património imaterial", observando: "Mas com que custo, com que custo. Foi aqui recordado que não há glórias sem misérias".

No fim da sua intervenção, o chefe de Estado disse que quem visitar este museu verá "uma face de uma pátria", que tem "outras faces", e que "reconhecendo embora aquilo em que fracassou, é capaz de afirmar a sua grandeza a olhar para o futuro".

"Não somos uma pátria nem acabada, nem deprimida", acrescentou.

"Eu como Presidente da República Portuguesa digo-vos: é um orgulho olhar para esta obra, porque é olhar para a história de Portugal. Nós temos uma grande história e somos uma grande pátria", concluiu.