A Guerra Mundo

Rússia anuncia avanços territoriais na região ucraniana de Donetsk

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O Ministério da Defesa da Rússia deu a conhecer hoje o progresso das suas tropas depois de derrotar as forças ucranianas na região de Donetsk, no leste do país, o que lhes teria permitido assumir posições vantajosas.

Kiev, por outro lado, garantiu que suas tropas impediram o avanço russo e evitaram o colapso da sua linha defensiva na região.

O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, relatou a "destruição" de unidades ucranianas de "sabotagem e reconhecimento", bem como a desativação de um campo de "mercenários estrangeiros".

O mesmo responsável também garantiu que os objetivos dos bombardeamentos com mísseis na sexta-feira para impedir o movimento de armas e munições ucranianas, bem como a paralisação da produção das fábricas de armas e a destruição dos sistemas de defesa antiaérea ucranianos, foram objetivos alcançados.

"Todos os alvos atacados foram destruídos", disse Konashenkov.

A onda de ataques russos na sexta-feira foi uma das mais intensas desde o início dos bombardeamentos contra instalações da rede elétrica ucraniana em outubro.

Kiev confirmou 70 ataques e garantiu que a maioria dos projéteis foi intercetada por defesas antiaéreas, embora tenha denunciado danos em infraestruturas importantes, como eletricidade e serviços de água. Milhões de pessoas ficaram sem eletricidade.

Também hoje, o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, informou que o abastecimento de água foi restabelecido para todos os bairros da capital e que metade dos cidadãos já pode aquecer-se. "Estamos a trabalhar para restaurar o aquecimento para todos os residentes da cidade", apontou Klitschko na rede social Telegram.

Dois terços da cidade têm eletricidade, mas os esforços para aliviar as falhas de eletricidade vão continuar, pelo que apelou aos vizinhos para que economizem energia. Klitschko também anunciou que o metro já começou a funcionar.

O Reino Unido denunciou uma campanha de intensificação dos bombardeamentos de longo alcance contra infraestruturas ucranianas com o uso de mísseis de cruzeiro lançados do ar ou do mar, mas que também inclui "quase certamente drones iranianos lançados da região".

A Ucrânia denuncia uma campanha de "terror" russa que busca mergulhar o país na escuridão e no frio durante o inverno, com o objetivo de forçar as pessoas a fugir do país e de provocar uma onda de migração. As temperaturas em Kiev são de cerca de 4ºC.

Também hoje, Moscovo informou que o presidente russo, Vladimir Putin, visitou na sexta-feira o comando da "operação militar especial", conhecendo os próximos planos de ataque.