Madeira

"Estratégia para a recuperação económica só é nacional se incluir a Madeira"

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“É importante que o Plano Nacional de Recuperação Económica, na sua versão final, consiga atender às reais necessidades e reivindicações da Região e consiga integrar as diferentes sugestões entretanto enviadas pelo Governo Regional, algo que, infelizmente, não sucedeu inicialmente, quando, a propósito da Madeira e em 129 páginas, apenas havia menção a um simples polo universitário”. É desta forma que o deputado do PSD Paulo Neves reagiu, hoje e durante a sua intervenção na Comissão de Economia que teve lugar na Assembleia da República, ao anúncio de que o Plano Nacional de Recuperação Económica seria apresentado, publicamente, a 15 de setembro. Ocasião em que também votou favoravelmente à audição do autor deste Plano, António Costa Silva, um dia depois, a 16 de setembro, no parlamento nacional.

“É fundamental que a estratégia de recuperação económica nacional a apresentar a Bruxelas – e na base da qual serão negociados os futuros Fundos Comunitários para o País – seja mais do que um Plano continental e reflita, desta forma, as necessidades e as medidas que são necessárias a Portugal como um todo, onde se incluem as Regiões Autónomas”, fundamentou o deputado madeirense, esperando que, desta forma, os projetos estruturantes que a Madeira precisa de ver apoiados, de modo a sustentar a retoma económica, “não sejam, mais uma vez, relegados para segundo plano”.

Em causa, lembrou o deputado do PSD/M eleito à Assembleia da República, está o potencial do Centro Internacional de Negócios – que deve ser ampliado, promovido e fazer parte de uma estratégia nacional – do Registo Internacional de Navios – que já é, hoje, o terceiro maior registo de navios da Europa e que tem uma potencialidade extraordinária – assim como, também, atividades como a aquacultura ou mesmo os projetos que a Madeira atualmente apresenta no domínio da economia digital, entre muitas outras áreas.

Paulo Neves que sublinha não fazer qualquer sentido que se trace uma estratégia de recuperação económica nacional quando se ignora o que foi e o que está a ser feito, “numa Região que tem vindo a fazer um extraordinário esforço para diversificar a sua economia e para encontrar novas saídas tendentes a consolidar um modelo económico mais sustentável para o futuro, a favor da estabilidade das suas empresas e famílias”.

“Esperemos que, desta vez, se corrija uma exclusão que, mais do que injusta, era totalmente inaceitável por parte da República”, rematou.

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