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País

Bolsonaro infectado ganha espaço nos jornais portugueses

Manchetes trazem mais actualidade, da recessão que será maior do que o esperado, ao desespero dos pais para matricular os filhos, ao dos utentes para marcar consulta. Há também mais sobre o Banco do Portugal e sobre o Novo Banco

A notícia não é nova mas faz hoje a manchete no Correio da Manhã, a dos pais que desesperam para fazer a matrícula dos filhos online, e são obrigados a fazer durante a madrugada. “Após semanas de bloqueio informático, Ministério anuncia renovações automáticas do registo dos alunos a partir do 2.º ano, excepto na mudança de ciclo”. A imagem maior desta edição é das “festas de arromba” que criam risco de covid-19 no Algarve. A quebra de turismo asfixia economia é outra chamada na primeira página. A notícia de que o presidente do Brasil está infectado com a doença provocada pelo novo coronavírus, foi colocada no cabeçalho.

Jair Bolsonaro ocupa a maior parte da capa do Diário de Notícias, que dá o título “Bolsonaro e mais 1.643.539 com covid no Brasil”. Acrescenta o jornal que o presidente fez anúncio sem máscara e já está a tomar hidroxicloriquina. A manchete traz más notícias: “Recessão em Portugal este ano será pior do que a depressão de 1928”. O Governo prevê queda de 7%, mas Bruxelas antecipa que chegue quase aos 10%. A recuperação dos efeitos da pandemia será mais curta e mais lenta do que no resto da Europa, lê-se.

No Público, Bolsonaro tem meia página. “Infectado pelo vírus que tanto subestimou”, escreve o matutino. Na manchete, novamente o Novo Banco, agora porque perdeu 329 milhões de euros “em venda a fundo ao qual o seu chairman esteve ligado”. Refere-se a Byron Haynes e ao negócio de imóveis vendido com 70% de desconto. Nas chamadas, alerta para aerossóis do vírus viajam metros em locais fechados.

O JN dá menos destaque ao presidente brasileiro. Bolsonaro apanhou a “gripezinha”, como costumava classificar o chefe-de-Estado. Na manchete, “Utentes desesperam para marcar consulta nos centros de saúde”. Centenas de telefonemas sem resposta e email não servem à população idosa, diz este órgão. A Associação de Médicos de Família estima que ficaram 15.000 diagnósticos de cancro por fazer em três meses, acrescenta. No Metro do Porto, fiscalização tenta travar sobrelotação. Nas pequenas chamadas, a suspensão de Mexia afinal fez subir o valor em bolsa.

Hoje o i faz um balanço aos dez anos de Carlos Costa no Banco de Portugal. Neste período faliram dois bancos, os cinco maiores bancos perderam 13 mil trabalhadores e fecharam 1.800 balcões e as ajudas financeiras valem 90 TAP. Sobre Mário Centeno, que vai ocupar o lugar de governador, João Duque é crítico: “O Banco de Portugal vai ser um cachorro deste Governo e o que lhe deu força para chegar a este lugar foi a sua fraqueza e a sua dependência política”. Em grande, três alertas de especialistas sobre a covid: os casos vão aumentar, o desafio é proteger os grupos de risco; se as coisas não melhoram, é preciso apertar restrições; e é importante conhecer a estratégia a médio prazo.

O Negócios dá conta que o PCP beneficia os bancos com suspensão de rendas nos centros comerciais. A medida consta do orçamento suplementar. A escolha de Stilwell para a EDP colocou a eléctrica no top da Europa, com valorização das acções superior a 4%. Em grande ainda, nos despedimentos, o fundo só cobre pequena parte das indeminizações. Diz o especializado que a maioria dos trabalhadores já só tem direito ao valor mais baixo. A OCDE prevê que metade dos trabalhadores estão em risco de apanhar covid. Sobre o novo aeroporto, chamada destaca que o Governo recusa adiamentos no Montijo.

“Veríssimo abre caminho a Jesus”, está nas maiores de A Bola. O treinador interino do Benfica assegura a equipa até ao final da época. O Record traz a revolta após o jogo do Sporting, que empatou com o Moreirense na segunda-feira. “Fúria de leão”, resume. Há críticas ao árbitro e Hugo Viana foi suspenso por injúrias e tom ameaçador com 30 dias e 5.100 euros de multa. N’O Jogo, “Pódio faz faísca”. A luta entre o Sporting e o Braga aquece, dentro e fora de campo, escreve o desportivo.

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