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Boris Johnson lamenta manifestações “subvertidas por arruaceiros”

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse hoje que as manifestações contra o racismo foram “subvertidas por arruaceiros”, criticando ações de vandalismo incluindo o derrube da estátua de um comerciante de escravos na cidade de Bristol.

“As pessoas têm o direito de protestar pacificamente desde que observem o distanciamento social, mas não têm o direito de atacar a polícia. Essas manifestações foram subvertidas por arruaceiros - e são uma traição à causa que pretendem servir. Os responsáveis serão responsabilizados”, escreveu numa mensagem na rede social Twitter.

Doze pessoas foram presas no domingo em Londres, na sequência de confrontos com a polícia após protestos que incluíram vandalismo na estátua de Winston Churchill frente ao Parlamento, em Westminster, e que deixaram oito agentes feridos.

No sábado, 29 pessoas tinham sido detidas após uma manifestação essencialmente pacífica ter terminado em cenas de violência, com 14 agentes de polícia feridos, dois dos quais com gravidade.

Hoje, todas as primeiras páginas da imprensa britânica são dominadas pelas fotografias de uma estátua do comerciante de escravos do século XVII Edward Colston a ser deitada à água depois de ter sido derrubada por manifestantes na cidade inglesa de Bristol.

O secretário de Estado para o Crime, Policiamento e Justiça, Kit Malthouse, prometeu hoje que os responsáveis serão processados e a ministra do Interior, Priti Patel, que vai ao parlamento fazer uma intervenção de emergência sobre os incidentes do fim de semana, também prometeu ser implacável com os responsáveis de ataques à polícia.

“A polícia tem todo o nosso apoio no combate a qualquer tipo de violência, vandalismo ou comportamento desordeiro. Não há desculpa para atirar bicicletas a polícias montados cavalo e atacar agentes”, escreveu no jornal Daily Telegraph.

No entanto, o prefeito de Bristol, Marvin Rees, disse à BBC que, apesar de não tolerar danos criminais, não sentia “sensação de perda” pela estátua de Colston, um benfeitor da cidade mas cuja escultura já era motivo de controvérsia há vários anos.

As manifestações no Reino Unido foram organizadas pelo movimento ‘Black Lives Matter’, na sequência da morte de George Floyd, um afro-americano de 46 anos, depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção em 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota).

Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.

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