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Chile regista “melhoria muito ligeira” e autoridades pedem para “não cantar vitória”

O Chile registou uma “melhoria muito ligeira” na evolução da pandemia e pelo segundo dia consecutivo os novos casos ficaram abaixo dos 4.000, mas as autoridades sanitárias apelaram hoje à precaução ao referirem-se a uma situação ainda “muito grave”.

Nas últimas 24 horas foram detetados 3.649 novos contágios pela covid-19, elevando para 254.416 o número total de infetados, com o Chile a manter-se como o sétimo país do mundo com mais casos, acima da Espanha e Itália, segundo a Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.

“Isto não é para cantar vitória, é uma ligeira melhoria. Continuamos com problemas muito graves, na região de Antofagasta (norte), O’Higgins (centro) e Magallanes (sul), e também na região metropolitana [onde está incluída a capital Santiago]”, assegurou o ministro da Saúde, Enrique Paris.

O médico explicou que a melhoria se deve à diminuição dos casos positivos “até 29%” com uma redução da ocupação nos hospitais, mas também reconheceu que nos últimos dias foram realizados pouco mais de 12.500 exames diários, um número inferior aos 15.000 testes que estavam a ser efetuados.

“É um sinal muito incipiente e como não estamos totalmente seguros de que esta linha prossiga, reforçámos as medidas de contenção e incluímos novas regiões em quarentena (...). No entanto não existe otimismo e não há nada que indique que estamos a derrotar o vírus”, insistiu Paris.

O Governo decretou novas quarentenas em localidades centrais como El Monte, Graneros ou Quillota e decidiu manter durante mais uma semana a mega quarentena imposta desde 15 de maio, com mais de metade dos 18 milhões de habitantes em regime de confinamento.

De acordo com a universidade norte-americana, Santiago, com a rede hospitalar no limite e sem registar um aguardado recuo nas infeções, permanece a quarta cidade do mundo com o maior número de contágios, depois de Nova Iorque, Moscovo e São Paulo.

Nas últimas horas foram registados mais 226 mortos e o número total de óbitos motivados pelo coronavírus alcançou os 4.731, aos quais se acrescentam os 3.069 mortos “prováveis” e que não possuem provas confirmadas, com este balanço total a ascender os 7.800.

O número de doentes hospitalizados também subiu para 2.046, dos quais 424 se encontram em estado crítico.

O Chile, que já ultrapassou o milhão de testes, encontra-se há mais de três meses em estado de exceção e recolher obrigatório noturno, com as fronteiras encerradas, à semelhança das escolas, e comércio não considerado de primeira necessidade.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 477 mil mortos e infetou mais de 9,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (121.225) e mais casos de infeção confirmados (mais de 2,3 milhões).

Seguem-se o Brasil (52.645 mortes, mais de 1,1 milhões de casos), Reino Unido (43.081 mortos, mais de 306 mil casos), a Itália (34.644 mortos e mais de 239 mil casos), a França (29.731 mortos, mais de 197 mil casos) e a Espanha (28.327 mortos, mais de 247 mil casos).

A Rússia, que contabiliza 8.503 mortos, é o terceiro país do mundo em número de infetados, depois dos EUA e do Brasil, com mais de 606 mil, seguindo-se a Índia, com mais de 456 mil casos e 14.476 mortos.

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