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Taxa de mortalidade é maior entre doentes crónicos

A taxa de mortalidade por covid-19 é 12 vezes maior em doentes crónicos do que em pacientes sem qualquer patologia, revelou hoje um relatório do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.

O novo relatório deste organismo do governo norte-americano destaca os perigos causados em pessoas com doenças cardíacas, pulmonares e com diabetes, sendo estes os três principais problemas de saúde encontrados nos doentes com covid-19.

O relatório é baseado em 1,3 milhões de casos de covid-19 confirmados em laboratório e relatados à agência norte-americana entre 22 de janeiro e final de Maio.

Ressalvando que informações sobre condições de saúde estavam disponíveis para apenas 22% dos doentes, o relatório mostra que 32% tinha doenças relacionadas com o coração, 30% tinha diabetes e 18% tinha doenças pulmonares crónicas, que inclui asma e enfisema.

Entre os pacientes com uma doença crónica, cerca de 20% morreram em comparação com quase 2% daqueles que eram saudáveis, concluiu o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças.

O relatório refere também que os doentes com covid-19 e com uma patologia crónica tiveram seis vezes mais possibilidade de serem hospitalizados, designadamente 46% contra quase 8%.

No entanto, em comunicado, o médico de emergência e especialista em saúde pública da Universidade George Washington Leana Wen afirmou que, apesar dos doentes crónicos serem “muito mais propensos a sofrer os efeitos graves da covid-19, as pessoas saudáveis também “podem ficar muito doentes e até morrer também”.

O relatório avança também com dados em relação à raça e etnia, apesar de estarem apenas disponíveis com esta informação cerca de metade dos doentes com covid-19.

De acordo com o relatório, 36% dos doentes com covid-19 eram brancos, 33% hispânicos, 22% negros, 4% asiáticos e cerca de 1% índios americanos.

O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças refere que estes números estão incompletos, uma vez que outros estudos revelam que as minorias foram afetadas desproporcionalmente pela pandemia.

A agência concluiu também que 14% das pessoas infetadas com covid-19 nos Estados Unidos foi hospitalizada e 5% morreu, sendo a taxa de letalidade maior entre os pacientes com mais de 80 anos e metade dos quais tinha uma doença crónica.

O relatório indica ainda que a doença de covid-19 infetou tanto homens, como mulheres, mas os homens foram mais propensos a terem casos graves.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 434 mil mortos e infetou quase oito milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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