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Zâmbia levanta restrições para salvar a economia

Foto AFP
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A Zâmbia vai aliviar algumas das medidas impostas para travar a progressão da pandemia de covid-19, anunciou hoje o Presidente, Edgar Lungu, alegando que as restrições podem afundar a economia.

Desde o surgimento dos primeiros casos de covid-19 no país, há seis semanas, as autoridades nacionais fecharam fronteiras e escolas, proibiram grandes ajuntamentos públicos e ordenaram o encerramento de atividades julgadas não essenciais.

“Estamos a observar uma descida generalizada dos rendimentos, e se continuarmos assim, a nossa economia vai afundar-se na pior crise da sua história”, disse Edgar Lungu durante um discurso transmitido pela televisão, em declarações citadas pela agência France-Presse.

“Considero por isso inevitável reabrir os cinemas, restaurantes e pavilhões desportivos. Muitas atividades que fecharam por iniciativa própria por causa da covid-19, como os hotéis, podem agora considerar reabrir”, acrescentou o chefe de Estado.

A reabertura destes setores é no entanto condicionada ao uso obrigatório de máscaras e ao respeito das regras de distanciamento social.

Os bares vão continuar fechados até nova ordem, enquanto as escolas só deverão reabrir a partir de 01 de junho, indicou ainda Edgar Lungu.

Segundo o último balanço das autoridades sanitárias, a Zâmbia registou 167 casos de infeção de covid-19 e quatro mortos.

O segundo maior produtor africano de cobre sofre há anos com a queda dos preços, que agravou a situação económica e fez crescer a dívida nacional.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 269 mil mortos e infetou mais de 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

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