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Centenas de médicos pedem combate à desinformação na internet

Foto Kenzo TRIBOUILLARD / AFP
Foto Kenzo TRIBOUILLARD / AFP

Centenas de médicos e enfermeiros de vários países, entre os quais Portugal, assinaram uma carta a exigir que as principais redes sociais e plataformas digitais combatam a desinformação sobre a covid-19, retificando notícias falsas e tornando-as menos visíveis.

A petição, divulgada pela plataforma Avaaz e dirigida aos gestores do Facebook, Twitter, Google e YouTube, assegura que a pandemia de coronavírus também é “uma infodemia global” na qual a desinformação viral “põe em perigo vidas em todo o mundo” através de mensagens falsas.

“Histórias que afirmam que a cocaína é uma cura [para a pandemia] ou que a China ou os Estados Unidos desenvolveram a covid-19 como arma biológica espalharam-se mais rapidamente do que o próprio vírus”, indica o manifesto, assinado por autoridades de saúde de Portugal, Estados Unidos, Espanha, Itália, Brasil, Reino Unido, Holanda e Bélgica.

Os conteúdos falsos geralmente promovem “curas enganosas” e mantêm as pessoas afastadas de vacinas e tratamentos eficazes, efeitos percetíveis em hospitais, que em países como os Estados Unidos provocam picos de doenças como o sarampo devido à influência de movimentos anti-vacinas, avisam os signatários da carta.

A iniciativa serve também para exigir que os responsáveis pelas plataformas digitais retifiquem a desinformação sobre a saúde, alertando aqueles que interagiram e partilhando essas mensagens para “uma correção verificada de forma independente”.

O manifesto também pede que as plataformas “desintoxiquem” os algoritmos que determinam o conteúdo que cada cibernauta vê para que “mentiras prejudiciais e páginas e grupos que os partilham se tornem menos visíveis” e para que sejam apagados páginas e canais de infratores reincidentes.

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