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TAP

A TAP tal como outras companhias aéreas europeias de bandeira está em graves dificuldades fruto da atual crise e só poderá sobreviver com ajudas do Estado. São por isso ridículas no atual contexto as declarações do Ministro das Infraestruturas e da Habitação (MIH) quanto a um eventual reforço do Estado na governação da companhia ou deixar que a mesma entre em insolvência. Possuindo o Estado 51% do respetivo capital social se a empresa entrar em insolvência haverá consequências económicas nefastas para todos os acionistas e para os credores, e provavelmente levaria a que Portugal nunca mais tivesse uma companhia aérea de bandeira. Se o Estado não tem poder executivo na TAP isso é da responsabilidade do governo PS que não se preocupou com isso aquando da alteração do contrato social que aumentou para 51% a participação do Estado no capital social da companhia. Aliás mesmo que o Estado estivesse representado na comissão executiva o resultado, fruto da atual crise, seria o mesmo pois com os aviões parados a companhia estaria na mesma situação em que se encontra agora. Por isso são ridículas e absurdas as diatribes do MIH, de outros governantes e dos próprios deputados que parecem todos admirados com os resultados da TAP como se não tivessem os meios suficientes e necessários para exercer em tempo útil a devida fiscalização à sua gestão. Pergunta-se então para que servem os comissários políticos que lá têm? Nem sequer para informar o que lá se passa? Ou apenas para receber as suas chorudas retribuições? Tanto a TAP como outras companhias aéreas de bandeira prestam um serviço de interesse público que as obrigam a cumprir uma série de exigências que lhes restringem os lucros ao contrário do que acontece com as companhias low-cost de charters. A TAP tem investido muito e bem nos últimos anos na renovação da frota com modernos aviões que nos dão conforto e segurança e merece apoio do Estado para sair desta crise, do mesmo modo que outras companhias de bandeira europeias.

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