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O mini Mário Nogueira

Apesar de já ter dado aulas, confesso que os Mários Nogueiras deste país sempre me fizeram alguma confusão. Reivindicam direitos sem nunca pensar nos deveres, nem refletirem primeiro sobre o estado do País.

Na Madeira, pasme-se, temos agora um mini Mário Nogueira, que mais parece viver num mundo da fantasia, sem qualquer ligação com a realidade.

A última bandeira deste sindicalista é o “desgaste e o envelhecimento dos docentes na RAM”, numa altura em que se estima que a recessão e o desemprego atinjam números históricos em Portugal e talvez de forma mais acentuada na Madeira, dada a nossa dependência da indústria do Turismo.

Esquece-se que na Madeira os professores já têm um regime de redução da componente letiva muito mais favorável do que no resto do país.

Enquanto que a nível nacional as reduções da componente letiva que vão entre 2 e 8 horas semanais revertem para o trabalho na escola (p. ex. funções administrativas, cargos, apoios), na Madeira essas mesma horas são para o professor ficar em casa. Ou seja, na nossa realidade, os professores em final de carreira apenas têm de fazer 14 horas na escola, que perfaz uma média de 2,8 horas por dia.

Agora digam-me se isto não é um insulto quando comparado com outros profissionais que têm de trabalhar semanalmente 35 ou 40 horas semanais?

Carlos Santos

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