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Federação de Associações Juvenis alerta para saúde mental e desemprego

Foto DR
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O presidente da Federação Nacional das Associações Juvenis alertou hoje que a pandemia está a afetar a saúde mental dos jovens, que estão preocupados com o aumento do desemprego, a instabilidade na habitação e as dificuldades na avaliação no ensino.

Tiago Rego, que representa “mais de meio milhão de jovens portugueses entre os 13 e os 30 anos de idade”, afirmou à Lusa que um dos pontos que lhe tem sido “bastante relatado é a questão da saúde mental dos jovens”.

“Nós já vamos com um período de confinamento bastante longo, a motivação começa a diminuir, o aborrecimento começa a aumentar e de facto temos uma situação de bastante desequilíbrio”, constatou, referindo que estão a agir com a Ordem dos Psicólogos através de recomendações e de instrumentos para que possam através das associações ser difundidos pela massas jovem.

Segundo Tiago Rego têm chegado também “relatos de jovens que estavam deprimidos ou em situação de exclusão social” e que durante este período de estado de emergência e situação de calamidade “viram os seus processos agravados devido à falta de acompanhamento”.

Outra das dificuldades que os jovens portugueses estão a enfrentar no contexto da pandemia da covid-19 -- a população juvenil portuguesa é na ordem de 1,5 milhões de jovens -, é a “habitação e o emprego”, bem como a “instabilidade na Educação e a dificuldade na avaliação”, alertou o presidente da FNAJ.

“A habitação e o emprego são relatos que nos têm chegado, [com jovens] bastante fragilizados, porque a perda do emprego pode implicar a perda da habitação”, disse, referindo que “muitos jovens já viram os seus contratos não renovados durante este tempo de pandemia”

Por outro lado, a instabilidade que os jovens estão a sentir nos processos de avaliação, principalmente no Ensino Superior é outro dos pontos críticos, refere Tiago Rego, dizendo que chegam relatos sobre a dificuldade que os estudantes sentem por não perceber as novas formas de avaliação.

A Federação Nacional das Associações Juvenis, “enquanto voz dos jovens e das suas organizações” que são mais de mil já apresentou à tutela as suas reivindicações, apelando que haja “tolerância, mas também flexibilidade” nos prazos de apoio à juventude, inovação para o online de projetos que pudessem ser desenvolvidos, bem como a agilidade da aplicação de todas as medidas” para se garantir a sustentabilidade das organizações de juventude.

Em Portugal, morreram 1.247 pessoas das 29.432 confirmadas como infetadas, e há 6.431 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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