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Ex-diretor de campanha de Trump foi colocado em prisão domiciliária

Foto EPA
Foto EPA

O ex-diretor de campanha do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que foi condenado no caso russo foi libertado da cadeia para cumprir o resto da pena em prisão domiciliária, devido à pandemia de covid-19, disse hoje o advogado.

Paul Manafort, de 71 anos, foi libertado hoje de uma prisão de baixa segurança, no estado de Pensilvânia, onde cumpria uma pena de sete anos de cadeia.

Os advogados tinham pedido a sua passagem a prisão domiciliária, alegando que o seu cliente tinha condições de risco médico, perante as ameaças da pandemia.

Manafort tinha sido hospitalizado, em dezembro, com problemas cardíacos, segundo informaram familiares.

Paul Manafort foi uma das primeiras pessoas a ser indiciadas na investigação do procurador especial Robert Mueller sobre a interferência do Governo russo nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016.

No âmbito dessa investigação, o ex-diretor de campanha de Trump foi condenado por um júri de um tribunal federal da Virgínia, em 2018, tendo-se declarado culpado da acusação de ter fornecido informações falsas.

A libertação de Manafort ocorre num clima de pressão por parte de organizações defensoras de direitos cívicos para sejam soltos das prisões os reclusos de idade avançada ou com problemas de saúde, que os tornam vulneráveis perante a propagação do novo coronavírus.

O procurador-geral, William Barr, para os casos de reclusos em risco ordenou a sua libertação ou a sua colocação em prisão domiciliária.

Até agora, 2.818 reclusos de prisões federais e 262 funcionário do Departamento Prisional foram declarados positivos com covid-19, tendo já morrido pelo menos 50 reclusos.

O Departamento Prisional tem dado orientações contraditórias e confusas sobre os critérios de quem é libertado e de quem passa a prisão domicilária, alterando as regras e recusando explicações sobre cada uma das decisões.

Um porta-voz dessa agência federal disse que mais de 2.400 reclusos foram transferidos para prisão domiciliária, desde 26 de março e que outros 1.200 estão com o seu processo a ser analisado.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

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