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Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da U.Porto vai fazer 100 a 150 testes/dia

Foto Shutterstock
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O Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto, que inicia hoje a realização de testes de diagnóstico à covid-19, prevê fazer entre 100 a 150 testes diários, assegurando que esse número “poderá aumentar”.

Em comunicado, o i3S avança hoje que a decisão de rastrear os casos da covid-19 surge de “um pedido” feito pelo Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto.

A linha de testes que entra hoje em funcionamento no piso zero e em duas salas técnicas do instituto de investigação da Universidade do Porto (U.Porto) permitirá, diariamente, fazer 100 a 150 testes.

“Inicialmente serão feitos entre 100 a 150 testes diários, número que deverá aumentar à medida que os procedimentos forem agilizados e os reagentes estiverem disponíveis no mercado”, explica o instituto, adiantando que para integrarem as equipas se voluntariaram mais de 150 investigadores.

Além do i3S, que vai coordenar as diferentes fases dos testes, a esta iniciativa juntaram-se também o Ipatimup Diagnósticos e o Centro de Genética Preditiva e Preventiva (CGPP) que vão supervisionar o controlo e a qualidade dos mesmos.

Para criar esta linha de testes, o i3S teve de “adaptar as instalações”, nomeadamente armários e arcas de frios, bem como recolher reagentes e equipamentos, que foram também disponibilizados pelo CIBIO-InBIO, pelo Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) e pela Universidade Católica Portuguesa (UCP).

A realização dos testes subdivide-se em três etapas diferentes, sendo que a fase de extracção do RNA do vírus é que ainda apresenta alguns “constrangimentos”.

“O maior problema de todo o processo estão a ser os ‘kits’ de extracção de RNA com os quais temos de trabalhar, porque são ‘kits’ de extracção manual e que, neste momento, escasseiam nos fornecedores”, explica Alexandra Moreira, responsável por esta fase, citada no comunicado, Alexandra Moreira.

“Temos uma máquina de extracção de RNA automatizada, que permitiria escalar rapidamente o número de testes feitos, mas os ‘kits’ para estas máquinas também estão esgotados, daí o recurso a sistemas manuais mais morosos”, refere.

Quanto à fase final dos testes, o i3S adianta não existir “qualquer tipo de constrangimento”, embora aguarde ainda por alguns reagentes essenciais que deverão chegar na sexta-feira.

Também citado no comunicado, o director do i3S, Cláudio Sunkel, afirma que desde o início da pandemia o instituto se mostrou disponível “para dar o apoio possível a quem está a linha da frente, servindo de força de retaguarda”.

Já Pedro Rodrigues, vice-reitor da Universidade do Porto e o responsável por coordenar as iniciativas da instituição na “luta contra a pandemia”, adianta que este “é mais um exemplo de como a comunidade do ecossistema científico da UP tem respondido aos apelos de apoio do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 68 mil.

Em Portugal, segundo o balanço feito domingo pela Direcção-Geral da Saúde, registaram-se 295 mortes, mais 29 do que na véspera, e 11.278 casos de infecções confirmadas, o que representa um aumento de 754 em relação a sábado.

Dos infectados, 1.084 estão internados, 267 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 75 doentes que já recuperaram.

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