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Irão ultrapassa 1.100 casos diários de contaminação

O Irão ultrapassou hoje os 1.100 casos diários de contaminação pelo novo coronavírus, segundo os números oficiais divulgado em Teerão, um aumento que levou as autoridades a insistirem na vigilância perante a pandemia da covid-19.

Entre segunda-feira e hoje, a República islâmica registou mais 71 óbitos devido à pandemia da covid-19, elevando para 5.877 mortos o balanço nacional da pandemia, indicou Kianouche Jahanpour, porta-voz do ministério da Saúde.

As autoridades registaram 1.112 novos casos de infecção, elevando para 92.584 o número total de casos confirmados, acrescentou Jahanpour no decurso da conferência de imprensa diária transmitida pela televisão nacional.

Na véspera, a porta-voz tinha anunciado que o número das novas contaminações diárias tinha recuado para 991, mas agora ultrapassou os mil casos pela primeira vez desde 10 de Março.

O Irão, que anunciou em fevereiro os primeiros casos de contaminação pelo coronavírus no seu território, permanece o país mais atingido pela pandemia em todo o Médio Oriente.

No estrangeiro, mas também no interior do país, admite-se que os números oficiais estejam larvarmente subestimados, à semelhança do que sucede em outras zonas do mundo atingidas pela doença.

A televisão estatal difundiu hoje imagens da capital iraniana que mostram comerciantes a colocarem cartazes em mercearias e que incitam os clientes a respeitar as regras de distanciamento social. “A maioria não respeita estas indicações”, referiu um vendedor

Na mesma reportagem, de acordo com a agência noticiosa AFP, um condutor de autocarro manifestou inquietação. “As pessoas pagam sempre em géneros”, uma forma de pagamento fortemente desencorajada pelas autoridades sanitárias porque facilitaria a propagação do vírus.

O Estado autorizou a partir de 11 de Abril uma reabertura progressiva da actividade comercial. Escolas, universidades, mesquitas, santuários xiitas, cinemas, estádios e outros locais de aglomeração permanecem encerrados em todo o país, que vive desde sábado ao ritmo do Ramadão.

As autoridades referiram-se no domingo à possibilidade de uma reabertura das mesquitas nas zonas menos atingidas, mas sem precisarem com precisão os critérios, enquanto numerosos responsáveis continuam a exortar a população a respeitar as regras de distanciamento social e a sair à rua o menos possível, para evitar “uma segunda vaga”.

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